Sexta-feira, 9 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Panobianco: Sistema de chuvas intensas ainda está ativo



 
O grande sistema de tempestades que devastou a Região Serrana criou uma série de trombas d'água nas montanhas. O número preciso é impossível determinar. As nuvens despejaram milhões de litros de água no alto dos morros. Essa água encharcou o solo e sobrecarregou córregos e rios. Em menos de uma hora de chuva, riachos de centímetros viraram rios com metros de profundidade, que irromperam pelas encostas tragando terra, rochas, árvores, casas e vidas.

Especialistas estimam que a velocidade da água chegou a 100km/h, o suficiente para inundar e arrastar casas em minutos. Uma vez no caminho de uma tromba d'água é quase impossível escapar. Tromba d'água, cabeça d'água - e até tsunami interior, como foi chamada este ano numa alagada Austrália -, a enxurrada tem vários nomes. E a Região Serrana reúne todas as condições para transformar uma enxurrada numa máquina de destruição em massa. As encostas são íngremes e irregulares, há centenas de pequenos córregos e rios. A chuva pode ser intensa - e o desmatamento piora tudo. Os vales são estreitos e profundos, canalizando a água e favorecendo inundações.

- É um terreno complexo, de paredões. O caminho é estreito. Isso aumentou dramaticamente a velocidade da água - explica Ernani Nascimento, professor de meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria e especialista em tempestades.

Muita gente, pouco cuidado. Ainda assim, trombas d'águas não são excepcionais. Elas sempre existiram. O que aumentou foi o número de pessoas onde ninguém deveria morar. Não raro volumes brutais de chuva caem no mar, mas isso não chama atenção pela óbvia razão de que lá não há ninguém.

- Não é vingança da natureza. Só que não havia tanta gente antes. Há gente demais em áreas de altíssimo risco. Tempestades sabidamente são frequentes e piores em regiões de montanha. Houve uma combinação infeliz de uma chuva intensa desabar sobre uma região vulnerável e povoada, frisa Isimar de Azevedo Santos, do Departamento de Meteorologia da UFRJ.

(Fonte: De olho no tempo, com informações O Globo)
 

Gente de OpiniãoSexta-feira, 9 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

TCE de Rondônia cobra ações do Estado para evitar nova crise de queimadas em 2025

TCE de Rondônia cobra ações do Estado para evitar nova crise de queimadas em 2025

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) reuniu, nesta sexta-feira (2/5), autoridades estaduais para cobrar ações concretas e coordenadas

Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025

Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e do Departamento de Proteção e Co

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou nesta terça-feira, 15, da estreia do programa Fala

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Neste sábado (12), o rio Madeira registrou a cota de 16,76 metros, se mantendo estável nas últimas 24 horas. De acordo com o Boletim de Monitorament

Gente de Opinião Sexta-feira, 9 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)