Segunda-feira, 17 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Panobianco: Sistema de chuvas intensas ainda está ativo



 
O grande sistema de tempestades que devastou a Região Serrana criou uma série de trombas d'água nas montanhas. O número preciso é impossível determinar. As nuvens despejaram milhões de litros de água no alto dos morros. Essa água encharcou o solo e sobrecarregou córregos e rios. Em menos de uma hora de chuva, riachos de centímetros viraram rios com metros de profundidade, que irromperam pelas encostas tragando terra, rochas, árvores, casas e vidas.

Especialistas estimam que a velocidade da água chegou a 100km/h, o suficiente para inundar e arrastar casas em minutos. Uma vez no caminho de uma tromba d'água é quase impossível escapar. Tromba d'água, cabeça d'água - e até tsunami interior, como foi chamada este ano numa alagada Austrália -, a enxurrada tem vários nomes. E a Região Serrana reúne todas as condições para transformar uma enxurrada numa máquina de destruição em massa. As encostas são íngremes e irregulares, há centenas de pequenos córregos e rios. A chuva pode ser intensa - e o desmatamento piora tudo. Os vales são estreitos e profundos, canalizando a água e favorecendo inundações.

- É um terreno complexo, de paredões. O caminho é estreito. Isso aumentou dramaticamente a velocidade da água - explica Ernani Nascimento, professor de meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria e especialista em tempestades.

Muita gente, pouco cuidado. Ainda assim, trombas d'águas não são excepcionais. Elas sempre existiram. O que aumentou foi o número de pessoas onde ninguém deveria morar. Não raro volumes brutais de chuva caem no mar, mas isso não chama atenção pela óbvia razão de que lá não há ninguém.

- Não é vingança da natureza. Só que não havia tanta gente antes. Há gente demais em áreas de altíssimo risco. Tempestades sabidamente são frequentes e piores em regiões de montanha. Houve uma combinação infeliz de uma chuva intensa desabar sobre uma região vulnerável e povoada, frisa Isimar de Azevedo Santos, do Departamento de Meteorologia da UFRJ.

(Fonte: De olho no tempo, com informações O Globo)
 

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 17 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Porto Velho atrai investimentos internacionais na maior Conferência para o Clima do mundo

Porto Velho atrai investimentos internacionais na maior Conferência para o Clima do mundo

Porto Velho aproveita a COP30, em Belém do Pará, para ocupar espaço nas discussões globais sobre clima e acelerar a busca por investimentos. A conferê

COP30: direito à água potável no Baixo Rio Madeira, em Rondônia, é tema de debate

COP30: direito à água potável no Baixo Rio Madeira, em Rondônia, é tema de debate

A Defensoria Pública da União (DPU) iniciou esta quarta-feira (12) com um debate sobre a seca que afetou a população ribeirinha do Baixo Rio Madeira

Sebrae Rondônia reforça compromisso com a ação climática durante a COP30

Sebrae Rondônia reforça compromisso com a ação climática durante a COP30

Durante a COP30, em Belém (PA), o Sebrae Nacional reafirmou, nesta terça-feira (11), seu compromisso com a mobilização global em favor dos pequenos

Cheia histórica do Rio Guaporé desafia desova das tartarugas e acende alerta ambiental em Rondônia

Cheia histórica do Rio Guaporé desafia desova das tartarugas e acende alerta ambiental em Rondônia

O ciclo de vida das tartarugas-da-Amazônia é um verdadeiro espetáculo natural que se repete todos os anos nas margens do Rio Guaporé, localizado na d

Gente de Opinião Segunda-feira, 17 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)