Segunda-feira, 16 de agosto de 2010 - 06h51
O número de focos de queimada em todo o Brasil, acumulado desde o dia 1.º de janeiro até ontem, cresceu 85% em comparação ao mesmo período de 2009. O satélite NOAA-15, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou 25.999 focos de incêndio em todo o País - de janeiro a agosto de 2009 haviam sido registrados 14.019 focos. O prolongado período de estiagem, o hábito das queimadas em áreas agrícolas e as dificuldades de logística para conter o fogo agravam o problema de norte a sul do País. De acordo com o relatório do Inpe, é primeira vez, desde 2007, que se registra crescimento no número de focos. Entre os Estados com mais queimadas estão Mato Grosso, com 6.693 focos; Tocantins, com 4.210; Pará, com 2.526, e Bahia, com 2.020. As maiores variações foram encontradas no Tocantins (aumento de 407% no número de focos em relação ao mesmo período de 2009), no Piauí (365%) e no Distrito Federal (250%).
"Seguramente a questão climática tem forte peso. Este ano o período de estiagem está mais longo. A mudança no padrão meteorológico é real", diz Bóris Alexandre César, diretor de operações da Fundação Florestal, ligada à Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo. Segundo ele, há dez anos a estação seca durava de julho ao início de setembro. Hoje, a expectativa dos climatologistas é que dure até outubro. Em Marcelândia (MT), a Polícia Civil começou a investigar as causas do incêndio que destruiu 15 madeireiras, 100 casas e deixou centenas de famílias desabrigadas. O delegado responsável, Geraldo Gezoni Junior, disse que a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) fará um laudo que deverá apontar se o incêndio foi criminoso.
Em Cuiabá, os atendimentos de pessoas com problemas respiratórios provocados pela fumaça aumentaram 40%. No Tocantins, o aposentado Tarcísio de Castro Pereira, de 70 anos, foi a primeira vítima das queimadas neste ano. Ontem, os órgãos ambientais registraram mais de 500 novos pontos de incêndio no Estado. São 4,2 mil focos de fogo desde janeiro.
Em Rondônia, o aumento no número de queimadas foi de 2.175%, em relação ao mesmo período de 2009. A população de Porto Velho respira 15 vezes mais monóxido de carbono que o padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em julho, o Inpe registrou 1,5 mil ppb (partes por bilhão) de monóxido de carbono no ar. O normal é 100 ppb. No Pará, florestas de cinco fazendas do sul do Estado estão ardendo. Os fazendeiros acusam invasores sem-terra de provocar esses incêndios para forçar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a desapropriá-las.
Fonte: De olho no tempo, com informações O Estado de São Paulo)
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