Segunda-feira, 4 de agosto de 2008 - 16h11
A previsão meteorológica é clara: em agosto, a seca não dará trégua ao Centro-Oeste e a parte do Sudeste. Como são grandes as chances de se repetir o cenário crítico de 2007, governo federal e estados mais afetados pela baixa umidade decidiram antecipar e intensificar as campanhas para evitar queimadas. A intenção do poder público é diminuir o alarmante número de mais de 96 mil focos de calor registrados no ano passado no país pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Como houve uma mudança nos satélites de monitoramento, os técnicos do Inpe informam que não é possível fazer uma comparação do primeiro semestre de 2008 com o mesmo período de 2007. Mas são objetivos ao dizer que, com a repetição da seca do ano passado, campanhas preventivas são o melhor caminho para reduzir os incêndios.
Em Rondônia, segundo o secretário de Meio Ambiente, Cletho Muniz de Brito, há quatro meses não há autorização para queimadas. Temos de tirar o estado do vermelho, disse. A solução foi a tolerância zero.
Em Mato Grosso, o uso do fogo só está permitido para o cultivo da cana ou para casos excepcionais, em que há pragas nas plantações. A proibição começou em 15 de julho e vai até 15 de setembro, mas, segundo a Defesa Civil do estado, poderá ser prorrogada até 15 de outubro, se a chuva demorar a chegar à região. O governo mato-grossense testa em alguns municípios o uso do pó químico Licet-F para interromper o alastramento do fogo. Os primeiros resultados foram positivos e agora o governo avalia a relação custo/benefício do produto.
"Não adianta nada gastar dinheiro no combate às queimadas se a população não tiver consciência. As condições do ar estão muito ruins. Com baixa umidade e ventos fortes, o fogo se espalha muito facilmente, diz o coordenador geral do Grupo Especial de Prevenção e Combate a Incêndio de Mato Grosso, major Hector Péricles.
A seca rigorosa vai persistir em agosto, avisa o chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcante. Com exceção do sul e do leste de São Paulo, há poucas chances de chuvas. Se acontecerem, serão rápidas, passageiras. Sem chuva, as queimadas se intensificam.
Em 2006, quando teve chuva em alguns dias de julho, agosto e setembro, as queimadas foram muito reduzidas. Este ano, como a seca de 2007 deve se repetir, a solução é a ampliação das campanhas, da distribuição de cartazes, das explicações nas escolas, diz Cavalcante, que integra o Grupo de Trabalho de Prevenção de Queimadas montado pelo Distrito Federal.
As áreas que sofrerão mais com a seca este ano, segundo Cavalcante, são os estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins, além do oeste de Minas, norte do Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo. Em Tocantins, o governo criou o Calendário da Queima, em que cada região do estado é autorizada a praticar queimadas controladas durante 30 dias e no resto do tempo, a prática fica proibida.
A burocracia para a autorização de queimadas foi reduzida. Agora, a autorização sai em no máximo 15 dias. Antes, demorava cerca de 30 dias, compara Marcelo Falcão, presidente do Instituto Natureza Tocantins (Naturatins), órgão estadual responsável pela execução das políticas ambientais e emissão das autorizações. Com isso, diz Falcão, o governo pretende evitar que produtores rurais acabem fazendo queimadas por conta própria, impacientes com a demora da autorização formal.
Fonte: Agência Estado / De olho no tempo
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