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Meio Ambiente

OPERAÇÃO DOLLY: Presos 20 acusados de extração ilegal de madeira


 
A Polícia Civil prendeu 20 dos 22 procurados pela justiça em Marcelândia, Sinop, Alta Floresta e Cuiabá, na operação Dolly, cujo objetivo é desarticular uma quadrilha que legalizava madeira retirada de áreas sem autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Somente em Marcelândia (210 km de Sinop), foram presos 10 acusados de envolvimento com as fraudes. Na lista dos que a justiça mandou prender estão madeireiros e engenheiros florestais. Chegou-se a cogitar que os negócios ilegais totalizariam cerca de R$ 30 milhões, mas a polícia não confirma este dado.

Em Sinop, de acordo com o delegado regional, Douglas Turíbio, praticamente todos os mandados foram cumpridos. 7 homens e uma mulher foram presas, vão prestar depoimento esta manhã e devem ser recambiados para o presídio Ferrugem. As prisões são temporárias e a lista dos acusados não foi fornecida. A justiça também mandou prender um suspeito que reside em Santa Carmem. Em Alta Floresta, uma fonte de Só Notícias apontou que foi preso um dono de madeireira e outro suspeito. Em Cuiabá, também houve uma prisão.

A assessoria da Polícia Civil de Mato Grosso informa que as investigações iniciaram em abril deste ano pela Delegacia Municipal de Marcelândia, a partir de denúncias de que cargas de madeira extraída ilegalmente saíam do município cobertas por notas fiscais "clonadas". Havia ainda informações de que empresas da cidade estariam comercializando "créditos virtuais" no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA), integrado ao Sistema de Cadastro de Cosumidores de Produtos Florestais (CCSEMA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), com o objetivo de "esquentar" madeiras extraídas ilegalmente no município.

O Ministério Público Estadual impetrou uma medida cautelar preparatória em sede de Ação Civil Pública, onde autorizou o sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes a algumas empresas e pessoas suspeitas, tudo com vista a reparação do grande dano ambiental gerado.

O juiz de Marcelândia, Anderson Candioto, determinou segredo de justiça nas investigações, a fim de tutelar o direito a dignidade da pessoa humana, honra e imagem dos suspeitos, de modo que a Polícia Judiciária Civil não pode fornecer detalhes da investigação, quer seja quanto ao conjunto probatório, quer seja quanto à identificação dos suspeitos e empresas envolvidas.

O delegado Luiz Henrique de Oliveira, disse que a ação da Polícia Civil favorece o setor madeireiro de Marcelândia, uma vez que a maioria dos empresários já estão enquadrados nas normas ambientais. "Na realidade a organização criminosa estava impingindo uma concorrência desleal a todo setor, isso porque praticava a venda de madeira em preços mais baixos que o de mercado", explicou.

Por outro lado, a medida vem ao encontro do projeto "Marcelândia 100% Legal", projeto modelo de desenvolvimento sustentável encampado pelo município.

As investigações e a operação contaram com o apoio da Regional de Sinop e da Diretoria do Interior, Grupo de Operações Especiais (Goe), da Polícia Civil, IBAMA (Regional de Sinop) e o Ministério Público de Marcelândia. Os 22 mandados estendem-se para Marcelândia (10), Sinop (8), Santa Carmem (1), Alta Floresta (2) e Cuiabá (1).

O nome da operação é alusivo à clonagem de notas fiscais, que remete a ovelha "Dolly", primeiro mamífero clonado. 

Fonte: Só Notícias/Karoline Kuhn com Editoria

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