Terça-feira, 11 de março de 2008 - 12h40
Marco Antônio Soalheiro
Agência Brasil
Brasília - A Operação Arco de Fogo, que combate a exploração ilegal de madeira na Amazônia, foi deflagrada no Mato Grosso com inspeções realizadas por fiscais nos pátios de duas madeireiras da cidade de Sinop. A informação é da assessoria de imprensa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que, devido ao grande volume de madeira a ser medido, ainda não tem dados sobre o total das apreensões e sobre aplicação de multas.
O estado do Mato Grosso concentra 50% dos 36 municípios que mais desmatam a Amazônia, conforme divulgado em janeiro pelo Ministério do Meio Ambiente. Além de Sinop, outra base de atuação da operação no estado será montada em Alta Floresta.
Com o efetivo enviado pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança, a equipe é composta por 20 agentes em cada base e promoverá ações de fiscalização em vários municípios da região ao longo dos próximos meses. O Ibama contabiliza a presença de cerca de 400 madeireiras e serrarias, sem considerar as unidades ilegais.
O chefe de fiscalização da gerência executiva do Ibama em Sinop, Evandro Selva, não participará diretamente das ações da operação. Na última semana, o presidente do Ibama, Bazileu Margarido, explicou que a estratégia é adotada pelo instituto como forma de preservar os agentes locais, diante de possíveis represálias.
O primeiro destino da Operação Arco de Fogo foi a cidade de Tailândia, no Pará, onde os fiscais já aplicaram, desde o dia 26 de fevereiro, mais de R$ 5 milhões em multas contra madeireiras que detinham em seus pátios toras retiradas ilegalmente da floresta e carvoarias que funcionavam sem autorização. Além disso, 600 fornos de carvão vegetal foram destruídos nas áreas urbana e rural do município. Em seguida, a operação foi estendida a Machadinho D`Oeste (RO), onde convive com uma ação paralela do governo de Rondônia.
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