Sexta-feira, 4 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

MME explica a deputados pesquisa sobre potencial energético na Amazônia


João Porto (Da Rádio Nacional da Amazônia)

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, esclareceu na Comissão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados que a intenção do governo ao pedir estudos que calculam o potencial energéticos dos rios em unidades de conservação ambiental não são para futura instalação de usinas hidrelétricas nas áreas.

Capobianco explicou que uma unidade de conservação não pode ser usada para nenhuma atividade que prejudique o meio ambiente, mas que é preciso pesquisar os efeitos das hidrelétricas nos rios que cortam as áreas protegidas.

"Na realidade não são estudos para aproveitamento hidrelétrico dentro de unidades de conservação. Nós temos que estudar toda a vazão dentro do curso d´água dos rios. Na Amazônia temos rios com mais de 1.000 quilômetros de extensão, obviamente que eles passam por unidades de conservação. Por isso emitimos a autorização da pesquisa", explicou.

Os deputados questionam a necessidade de se fazer os chamados "estudos de impaccção de queda" em áreas de conservação porque desconfiam que se uma unidade de conservação tiver um potencial energético muito grande, o Congresso Nacional poderia ser pressionado a permitir a construção de hidrelétricas nessas áreas.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), membro da comissão, acredita que os esclarecimentos de Capobianco ainda não são suficientes e pretende pedir a convocação dos técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para falar no colegiado. O deputado manifestou preocupação com possíveis pressões no Congresso se estas unidades de conservação tiverem um potencial energético muito grande.

"Nós estamos preocupados, porque se descobrirem que determinadas áreas dentro de unidades de conservação podem produzir energia elétrica, o movimento aqui no Congresso para desconstituir essas áreas será muito grande", disse.

A EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, tem 18 meses para concluir seus estudos nas áreas autorizadas. Ao todo, dez autorizações foram emitidas pelo Instituto Chico Mendes para a pesquisa energética no país inteiro.

Na Amazônia, serão feitos estudos nos rios que cortam os estados do Amazonas, Pará e Rondônia.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 4 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Delegação Brasileira participa de Conferência Internacional em Castellabate na Itália

Delegação Brasileira participa de Conferência Internacional em Castellabate na Itália

Nos dias 01 e 02 de outubro aconteceu na Universidade de Salerno, localizada em Fisciano, município italiano de Castellabate, a “Conferência interna

Amazônia Protege: justiça proíbe uso e produção em área desmatada ilegalmente e condena proprietários a recuperar floresta

Amazônia Protege: justiça proíbe uso e produção em área desmatada ilegalmente e condena proprietários a recuperar floresta

A Justiça Federal atendeu a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a imediata proibição de plantação, comércio de produtos agrícol

Rioterra: 25 anos semeando inovações na Amazônia

Rioterra: 25 anos semeando inovações na Amazônia

Em outubro de 2024, a Rioterra celebra 25 anos de atuação na Amazônia. Mais do que uma simples comemoração, este marco representa um ponto de virada

Visitas são realizadas nos portos para avaliar impactos e traçar medidas emergenciais

Visitas são realizadas nos portos para avaliar impactos e traçar medidas emergenciais

Com o objetivo de construir um panorama das dificuldades enfrentadas por operadores e armadores portuários e as principais necessidades do setor dia

Gente de Opinião Sexta-feira, 4 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)