Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

MME explica a deputados pesquisa sobre potencial energético na Amazônia


João Porto (Da Rádio Nacional da Amazônia)

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, esclareceu na Comissão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados que a intenção do governo ao pedir estudos que calculam o potencial energéticos dos rios em unidades de conservação ambiental não são para futura instalação de usinas hidrelétricas nas áreas.

Capobianco explicou que uma unidade de conservação não pode ser usada para nenhuma atividade que prejudique o meio ambiente, mas que é preciso pesquisar os efeitos das hidrelétricas nos rios que cortam as áreas protegidas.

"Na realidade não são estudos para aproveitamento hidrelétrico dentro de unidades de conservação. Nós temos que estudar toda a vazão dentro do curso d´água dos rios. Na Amazônia temos rios com mais de 1.000 quilômetros de extensão, obviamente que eles passam por unidades de conservação. Por isso emitimos a autorização da pesquisa", explicou.

Os deputados questionam a necessidade de se fazer os chamados "estudos de impaccção de queda" em áreas de conservação porque desconfiam que se uma unidade de conservação tiver um potencial energético muito grande, o Congresso Nacional poderia ser pressionado a permitir a construção de hidrelétricas nessas áreas.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), membro da comissão, acredita que os esclarecimentos de Capobianco ainda não são suficientes e pretende pedir a convocação dos técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para falar no colegiado. O deputado manifestou preocupação com possíveis pressões no Congresso se estas unidades de conservação tiverem um potencial energético muito grande.

"Nós estamos preocupados, porque se descobrirem que determinadas áreas dentro de unidades de conservação podem produzir energia elétrica, o movimento aqui no Congresso para desconstituir essas áreas será muito grande", disse.

A EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, tem 18 meses para concluir seus estudos nas áreas autorizadas. Ao todo, dez autorizações foram emitidas pelo Instituto Chico Mendes para a pesquisa energética no país inteiro.

Na Amazônia, serão feitos estudos nos rios que cortam os estados do Amazonas, Pará e Rondônia.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Cheia histórica do Rio Guaporé desafia desova das tartarugas e acende alerta ambiental em Rondônia

Cheia histórica do Rio Guaporé desafia desova das tartarugas e acende alerta ambiental em Rondônia

O ciclo de vida das tartarugas-da-Amazônia é um verdadeiro espetáculo natural que se repete todos os anos nas margens do Rio Guaporé, localizado na d

MPF defende assistência técnica ao produtor rural em Rondônia como forma de proteger o meio ambiente

MPF defende assistência técnica ao produtor rural em Rondônia como forma de proteger o meio ambiente

O Ministério Público Federal (MPF), representado pelo procurador da República Gabriel de Amorim, com atuação na área ambiental, participou hoje (31

Ecobarreiras reforçam ações da Prefeitura de Porto Velho contra alagamentos e poluição dos igarapés

Ecobarreiras reforçam ações da Prefeitura de Porto Velho contra alagamentos e poluição dos igarapés

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), através dos Serviços Básicos, vem ampliando o uso das ecoba

ONGs acionam Justiça para barrar perfuração na Foz do Amazonas

ONGs acionam Justiça para barrar perfuração na Foz do Amazonas

Oito organizações de movimentos ambientalista, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira (22) com ação na Justiça Fede

Gente de Opinião Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)