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Manejo de jacaré é retomado na Resex do Cuniã e Kanindé discute termo de cooperação para apoio ao desenvolvimento de cadeias produtivas na unidade


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O Manejo Sustentável de Crocodilianos (jacarés) na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã será retomada na próxima semana após seis anos de inatividade. Nesta quarta-feira (19), o gestor de Projetos da Resex, Herlan Lopes, esteve na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé para discutir a elaboração de Termo de Cooperação Técnico-científico para fortalecimento desta e outras cadeias produtivas da unidade de conservação.

 

A esperada autorização para retomada do manejo veio nesta semana e é comemorada pela comunidade do Lago do Cuniã, afirma Herlan Lopes, uma vez que a atividade, além de contribuir para a geração de renda de mais de 90 famílias, promove ainda o controle populacional de jacarés, trazendo mais segurança aos moradores e equilíbrio ao meio ambiente.

 

“A retomada deste trabalho é muito emocionante para nós, moradores. E significa muito pra gente, tanto financeiramente, porque são mais de 100 pessoas empregadas ali, quanto para a nossa segurança”, afirma Herlan, complementando que a principal função do projeto é o controle populacional dos jacarés. Ele explica que o abate é feito com base no censo populacional dos répteis, realizado anualmente, e a partir dele é definida a quantidade de indivíduos que serão abatidos e destinados à venda para consumo humano, de forma que não ameace a espécie. 

Manejo de jacaré é retomado na Resex do Cuniã e Kanindé discute termo de cooperação para apoio ao desenvolvimento de cadeias produtivas na unidade - Gente de Opinião

Em encontro com a coordenadora de Projetos da Kanindé, Ivaneide Bandeira, Herlan falou ainda da importância do fortalecimento de outras cadeias produtivas na unidade, como da castanha-do-brasil, açaí, pirarucu, óleos essenciais e do próprio turismo. O termo de cooperação entre as instituições visa exatamente este trabalho, tendo em vista a longa experiência da Kanindé no apoio ao desenvolvimento destas cadeias em territórios indígenas. “Este é um projeto promissor e é muito gratificante para nós contribuir para a sociobioeconomia das comunidades tradicionais, confirmando que sim, a floresta em pé tem muito mais valor financeiro, social e ambiental, do que derrubada”, finaliza Ivaneide Bandeira.

 

O projeto de Manejo Sustentável de Crocodilianos é realizado pela Cooperativa de Pescadores, Aquicultores, Agricultores e Extrativistas da Resex Lago do Cuniã (COOPCUNIÃ), Associação dos Moradores e Agroextrativista Lago do Cuniã (ASMOCUN), com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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