Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Ibama multa e fecha duas madeireiras em Nova Ipixuna


 
Marabá (01/06/2011) – O Ibama embargou e multou em R$ 548 mil nesta terça-feira (31/05) duas madeireiras em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, onde assassinaram semana passada os líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. A fiscalização nas empresas florestais acontece paralelamente às ações no Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, onde fiscais vem desde sábado (28/05) destruindo fornos ilegais de carvão e multando assentados que se associaram a madeireiros para a exploração ilegal de madeira.

Já na primeira empresa vistoriada, na segunda-feira (30/05), os agentes flagraram irregularidades na comercialização de madeira. A M.P. Torres Ltda, multada três vezes pelo Ibama em 2010, estava com o pátio vazio, mas tinha 348 m3 de madeira em tora de crédito na sua conta no Sisflora, o sistema eletrônico que controla a comercialização de produtos florestais no Pará. Acabou novamente autuada, em R$ 108 mil, pela infração ambiental.

“A quantidade de madeira no Sisflora deve ser a mesma existente na madeireira, caso contrário a empresa pode usar este crédito para esquentar madeira de origem ilegal, como ocorre com a que é retirada do assentamento Praialta-Piranheira, por exemplo”, disse o analista ambiental Marcelo Lira, que conduziu a fiscalização.

Na terça-feira (31/05), os fiscais encontraram os mesmos ilícitos na Madeireira Bel Monte Ltda, já autuada 10 vezes pelo Ibama entre 1997 e 2010. Desta vez, porém, a diferença entre a madeira no pátio e no sistema de controle estadual era maior. A empresa possuía apenas 48 m3 de madeira no estoque, e mais de mil m3 em créditos ativos no Sisflora. Acabou multada em cerca R$ 330 mil e em mais R$ 100 mil por inserir informação falsa no sistema de controle ambiental.

“Durante a noite de segunda-feira, depois que os fiscais haviam deflagrado a ação nas madeireiras, a empresa tentou baixar todos os créditos excedentes na sua conta no Sisflora, forjando uma venda do saldo a uma serraria em Jacundá”, explicou Lira, acrescentando que as duas madeireiras também descumpriam exigências das licenças ambientais da secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, e não entregavam relatórios anuais de atividades e nem comprovavam a destinação correta dos resíduos produzidos.

Fonte: Nelson Feitosa - Ibama/PA

 

Gente de OpiniãoSexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pesquisa estuda folha da Amazônia para substituição do mercúrio na extração de ouro

Pau-de-balsa é uma espécie florestal nativa da Amazônia e já é utilizada de forma artesanal na Colômbia para extração de ouro.Agora, cinco instituiçõ

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Ibama define nova prioridade para enfrentar perdas na biodiversidade e a crise climática

Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho

Megaoperação destrói infraestrutura criminosa na Terra Indígena Yanomami

Megaoperação destrói infraestrutura criminosa na Terra Indígena Yanomami

As Forças de Segurança do governo brasileiro estão em ação conjunta ao redor e dentro da Terra Indígena Yanomami para impedir atividades criminosas

Projeto do CIMCERO e TJ-RO amplia estrutura para beneficiar viveiros em Rondônia

Projeto do CIMCERO e TJ-RO amplia estrutura para beneficiar viveiros em Rondônia

A parceria entre o Consórcio Público Intermunicipal de Rondônia (CIMCERO) e o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia tem incentivado junto as pre

Gente de Opinião Sexta-feira, 19 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)