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FIERO recebe empresa portuguesa para diálogo sobre mercado de carbono


FIERO recebe empresa portuguesa para diálogo sobre mercado de carbono - Gente de Opinião

Nesta sexta-feira 14, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, Marcelo Thomé, recebeu o diretor de sustentabilidade organizacional do Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), Gualter Crisostomo, para um diálogo sobre oportunidades para as indústrias rondonienses no mercado de carbono, com ênfase na criação de uma metodologia inovadora para a rastreabilidade de CO2.  

O estado de Rondônia e a região Norte de Portugal estão unidas na promoção da sustentabilidade, com o objetivo de desenvolver, nos próximos 36 meses, uma metodologia certificada que possibilite a quantificação em tempo real do crédito de carbono, utilizando tecnologias como satélites, drones e monitoramento local.  

A metodologia proposta pelo projeto visa integrar tecnologias de monitoramento remoto e análise de dados para validar e quantificar o sequestro de carbono em tempo real. “É uma metodologia que vai permitir, com o uso de satélites, drones e outros sistemas, rastrear o carbono sequestrado em áreas específicas, gerando créditos que podem ser comercializados no mercado internacional. O grande desafio, especialmente na Amazônia, é garantir a credibilidade desse processo, o que só é possível com o uso de tecnologia”, explicou Gualter.  

A iniciativa também prevê a transferência de conhecimento e a implementação de tecnologias que beneficiarão as comunidades locais. Segundo o diretor do CEiiA, o projeto será uma oportunidade não apenas para desenvolver soluções ambientais, mas também para gerar valor econômico. “A parte mais enriquecedora deste projeto é justamente a transferência tecnológica e a criação de valor. Queremos ter um produto que possa ser apresentado na COP 30 e que mostre ao mundo que a Amazônia, e o Brasil como um todo, estão pensando de forma inovadora e sustentável”, destacou.  

Além disso, o uso de tecnologias avançadas, como satélites e drones, será fundamental para garantir o monitoramento constante das áreas de sequestro de carbono. “O uso da tecnologia será essencial para monitorar e validar os projetos, garantindo a credibilidade e a valoração desses créditos. No Brasil, uma das razões para a subprecificação dos créditos de carbono é justamente a falta de confiança na sua veracidade, e estamos trabalhando para mudar isso”, completou o diretor do CEiiA.  

Durante a reunião, o presidente da FIERO, Marcelo Thomé, destacou o papel fundamental que a Amazônia Legal pode desempenhar na criação de soluções sustentáveis para o mercado global de carbono. “Hoje, talvez 70% do meu tempo eu estou dedicando, não à COP 30, mas a uma estratégia de longo prazo para a região amazônica. A COP 30 é um checkpoint nesta história. Não é um fim em si mesmo, mas sim um kick-off, uma etapa de um processo contínuo. Temos a oportunidade de deixar de ser apenas observadores para passar a ser protagonistas dessa agenda”, afirmou Thomé.  

O Instituto Amazônia+21, é um dos principais catalisadores dessa integração, trazendo à mesa as oportunidades de negócios sustentáveis para a região. “Este é um momento único para estreitar o relacionamento entre as diversas entidades da Amazônia Legal, promovendo o desenvolvimento sustentável e a criação de um mercado de carbono robusto e confiável”, ressaltou Thomé.  

Este projeto inovador promete se tornar uma referência no desenvolvimento de metodologias para o mercado de carbono, com um impacto positivo para as indústrias de Rondônia, para a conservação da Amazônia e para as comunidades locais que se beneficiarão diretamente dos investimentos e da geração de novos negócios sustentáveis

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