Quarta-feira, 30 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

ESTADÃO: Amazônia pode acabar em 40 anos


Impacto global de integração de infra-estrutura teria sido mal-avaliado
Ian Sample
Um grupo preservacionista alertou, no início desta semana, que a Amazônia corre risco de sofrer danos sem precedentes em decorrência de um ambicioso projeto para melhorar a infra-estrutura de transportes, comunicações e energia na região. Os projetos de desenvolvimento foram elaborados para fomentar elos comerciais entre dez pólos econômicos no continente, mas ameaçam trazer ampla destruição para a maior floresta tropical do mundo, segundo a ONG Conservação Internacional (CI).
Planos para melhorar o transporte rodoviário e fluvial combinados à construção de barragens e à instalação de um extenso cabeamento para transmissão de energia elétrica e para comunicações abrirão trechos antes inacessíveis da floresta tropical, elevando risco de um desmatamento generalizado. Em último caso, pode levar à perda de toda a floresta amazônica em 40 anos, afirma a entidade.
Tim Killeen, um cientista que trabalha para a CI, analisou os projetos da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul, financiados por vários governos. Ele concluiu que o impacto isolado de cada obra sobre o ambiente foi bem avaliado, mas o do conjunto das obras não foi devidamente considerado. Parte das melhorias planejadas envolverá rodovias dos Andes, atravessando o Rio Amazonas e o cerrado, ligando o Pacífico ao Atlântico.
“A falha em prever o impacto total dos investimentos, particularmente no contexto de mudança climática e mercados globais, produzirá uma combinação de forças que poderá levar a uma tempestade perfeita de destruição ambiental”, denuncia Killeen.
Conselhos
Por isso, a CI conclama os governos que estão respaldando o projeto a assumir mais responsabilidade pelo impacto ecológico das obras.
Se os países amazônicos concordassem em reduzir o desmatamento em 5% ao ano durante três décadas, a floresta salva iria, potencialmente, qualificar-se como forma de redução das emissões de gases de efeito estufa e gerar mais de R$ 11 bilhões ao ano, calcula Killeen.
Já a plantação de cana-de-açúcar para geração de biocombustível poderia ser feita nos 65 milhões de hectares de terra que já foram desmatados na região, afirma.
Fonte: O Estado de S.Paulo

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 30 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025

Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e do Departamento de Proteção e Co

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou nesta terça-feira, 15, da estreia do programa Fala

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Neste sábado (12), o rio Madeira registrou a cota de 16,76 metros, se mantendo estável nas últimas 24 horas. De acordo com o Boletim de Monitorament

Abril Verde 2025: MPT-RO/AC abrirá campanha com mostra visual sobre mudanças climáticas e riscos no trabalho

Abril Verde 2025: MPT-RO/AC abrirá campanha com mostra visual sobre mudanças climáticas e riscos no trabalho

O Ministério Público do Trabalho em Rondônia e Acre (MPT-RO/AC) abrirá oficialmente a campanha “Abril Verde 2025” com a inauguração da mostra visual

Gente de Opinião Quarta-feira, 30 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)