Segunda-feira, 17 de agosto de 2015 - 15h10
Vinícius Lisbôa - Repórter da Agência Brasil
Ao participar hoje (17) do 5º Seminário sobre a Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pela Fundação Getulio Vargas, o diretor-geral do Operador do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, disse que a perspectiva dos reservatórios para a geração de energia no próximo ano é mais tranquila do que foi na virada do ano passado para 2015.
"Não temos uma hidrologia espetacular, mas é muito melhor do que no ano passado", disse Chipp, que atribuiu ao fenômeno climático El Niño um "papel importante" na melhoria da situação. "A expectativa dos meteorologistas é que a transição [de 2015 para 2016] seja favorável por causa do fenômeno El Niño, com muita chuva no Sul, chegando ali, no Centro-Sul do país, pegando São Paulo e incrementando Itaipu".
O diretor-geral do sistema elétrico disse que é preciso esperar o mês de outubro, quando acaba o período seco, para que fique mais definida a possibilidade de desativar mais usinas térmicas. Neste mês, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico autorizou o desligamento de 2 mil megawatts (MW) em usinas térmicas com custo de operação superior a R$600/MWh.
A decisão de desligar as usinas, segundo Chipp, foi fundamentada na redução do consumo de energia no país e na provável expansão da oferta. As novas usinas no Rio Madeira, e as eólicas, devem começar a funcionar ainda neste ano.
O segundo relatório anual de revisão de carga, que atualiza as perspectivas de consumo, teve que ser antecipado de setembro para julho por causa da redução verificada, segundo informou o Operador do Sistema Elétrico. Entre janeiro de julho, o consumo caiu 2,8% no país, e a previsão é que a redução no ano de 2015 possa chegar a 2%.
Outro fator que influenciou o desligamento das usinas térmicas, segundo Chipp, foi a possibilidade do país chegar ao mês de novembro com os reservatórios em 31%, o que reduzirá a preocupação com o abastecimento no período seco em 2016, mesmo com previsões "conservadoras" sobre o próximo período úmido.
Chipp afirma que o Nordeste não deve ser afetado pelos efeitos do El Niño e, por isso, deve registrar menos chuvas. Na próxima quarta-feira, o ONS participará de uma reunião com a Agência Nacional de Águas, quando deve ser discutido o aumento da defluência da represa de Três Marias, para ajudar na recuperação do reservatório da usina de Sobradinho, na Bahia.
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