Terça-feira, 13 de novembro de 2007 - 06h49
Quase três anos após fechar um amplo acordo sanitário com a China, o Ministério da Agricultura deu os primeiros passos para iniciar o comércio efetivo com o gigante asiático. Em protocolo sanitário bilateral assinado no fim de outubro, os chineses finalmente concordaram em abrir seu mercado à carne bovina cozida de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Acre. No fim de novembro será a vez da carne suína. O governo brasileiro levará a Pequim a proposta para destravar o comércio bilateral.
Em negociação desde janeiro deste ano, a abertura para a carne bovina estava prevista para ocorrer em janeiro de 2006. Cinco dos 21 frigoríficos seriam habilitados a exportar a carne cozida. Mas, em junho do ano passado, os chineses exigiram um protocolo extra, o que arrastou as tratativas. A área técnica do ministério também colaborou, ao demorar sete meses para responder ao novo questionário chinês. Agora, o governo tentará incluir no protocolo a carne produzida em 46 municípios da região centro-sul do Pará, reconhecida como área livre de aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio passado.
Divergências da área técnica do ministério também atrasavam o acordo para a carne suína. Como os chineses exigem reciprocidade comercial, porque também querem vender miúdos de suínos ao Brasil, havia o receio de importar alguma doença hoje existente na China, como a "orelha azul". Outro detalhe: a China adota o conceito de "zonificação", não-reconhecido pela OIE, o que reforçava a resistência brasileira em assinar um protocolo bilateral por igual temor sanitário.
Vencidas as questões técnicas, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, diz que a reunião prevista para 28 de novembro, em Pequim, deve estabelecer se as devidas inspeções sanitárias serão realizadas de forma separada ou conjunta. "É algo que dependerá da velocidade de comércio que quisermos imprimir", avalia. Missões brasileiras e chinesas devem cumprir as etapas de inspeção dos sistemas de saúde animal, saúde pública e habilitação de plantas industriais de abate de suínos.
Até aqui, os avanços foram impulsionados pela forte demanda chinesa, que tem levado à ampliação das importações de carnes. Novas doenças, como a "orelha azul", têm desestimulado exigências de reciprocidade comercial. Entretanto, as 22 empresas habilitadas a vender carne de aves para a China aguardam uma resposta ao minucioso relatório enviado pelo ministério em abril deste ano a Pequim com a lista de todos os veterinários autorizados a assinar o certificado sanitário de exportação, inclusive de funcionários lotados nas plantas industriais, em todos os portos e aeroportos nacionais.
Em 2004, o governo brasileiro estimava embarcar US$ 600 milhões em carne bovina e US$ 200 milhões em frangos para a China até 2007. No primeiro semestre deste ano, somadas as vendas de suínos, foram exportados apenas US$ 8,7 milhões aos asiáticos.
Fonte: Jornal Valor Econômico
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