Terça-feira, 8 de junho de 2010 - 19h03
“Quando há um processo de desertificação é porque todos os mecanismos de controle ambientais falaram”, disse Valverde em Audiência na Comissão da Amazônia
A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional realizou nesta terça-feira (8) audiência pública para discutir o Plano Nacional de Combate a Desertificação na Amazônia e no Nordeste.
Segundo o autor da audiência, deputado Eduardo Valverde (PT/RO a Caatinga vem perdendo por ano uma área de sua vegetação nativa equivalente a duas vezes a cidade de São Paulo, restando, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, pouco mais de 53% da cobertura vegetal original. A principal causa do desmatamento, segundo ele, é a produção de energia. “A mata nativa é transformada em lenha e carvão destinados a abastecer siderúrgicas nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo”.
No caso da Amazônia, o deputado assinala que as emissões de carbono por desmatamento subiram quase duas vezes mais do que a derrubada em si entre agosto de 2009 e janeiro deste ano. “O dado sugere que está acontecendo na região algo que os cientistas temiam: o desmate esta migrando para florestas mais densas, cuja destruição polui mais”.
Eduardo Valverde adverte ainda que a Política Nacional de Combate à Desertificação está parada na Câmara. Atualmente, segundo ele, apenas o estado de Pernambuco criou um plano de combate a desertificação.
Para Valverde, as tentativas de mudança no código florestal são perigosas, pois as alterações sugeridas, segundo ele, “não é para melhorar o controle, mas sim, flexibilizar as punições além de enfraquecer os órgãos de controle.
A preocupação maior do parlamentar, sobretudo em sua região, Rondônia, é que o desmatamento está acelerado principalmente em áreas de cerrado, onde a desertificação tem sido freqüente por falta de controle ambiental.
“A Amazônia não está isolada, ela faz fronteira com vários biomas. Há regiões de cerrado com processo acelerados de desmatamento para dar campo ao plantio da agricultura mecanizada, uso do solo sem controle ambiental e, já começa a surgir sinais de desertificação”, ressaltou.
De acordo com o representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Egon Krakhecke, o órgão tem feito um grande esforço para acabar com o desmatamento nas regiões norte e nordeste. Ele informou que o serviço de monitoramento que tem sido feito por satélite tem auxiliado de maneira surpreendente o planejamento de ações de fiscalização mais efetivas no bioma, a exemplo do que já acontece na Amazônia.
Krakhecke, disse ainda, que a outra frente do MMA é a criação e ampliação das unidades de proteção integral no semi-árido e na Amazônia.
Para o representante da EMBRAPA, Dr. Iedo Bezerra Sá, o maior problema da desertificação é ainda o manejo inadequado do solo, principalmente o extrativismo em que se utiliza em excesso a queima para o carvão e produção de energia.
Iedo frisou que é possível ser reverter a situação com a recuperação do solo, reflorestamento e, sobretudo, o manejo sustentável. “A proteção dos biomas brasileiros é necessário, com o aprimoramento da ação do Estado e o controle do desmatamento, incluindo ações de fiscalização”, concluiu.
Fonte: Leila Denise
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