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Meio Ambiente

Áreas protegidas e o (Bom?) Futuro da Amazônia



Em plena Semana do Meio Ambiente, cinco unidades de conservação, uma federal - Flona Bom Futuro, e quatro estaduais de Rondônia (Floresta Estadual Rio Vermelho A e B, Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos e Estação Ecológica Mujica Nava) deixaram de ser áreas protegidas. Com isso, mais de 45 mil km2 de floresta estão livres para serem griladas e desmatadas no estado mais devastado da Amazônia.

Embora o mesmo decreto que retira o status de proteção das quatro UC citadas, crie três novas áreas protegidas, os números indicam que, nessa permuta, pelo menos 18 mil km2 de área sob proteção legal já foram perdidos. Assim como em toda a Amazônia, a pecuária também está por trás do desmatamento em Rondônia. Atualmente, a Flona abriga um rebanho de cerca de 40 mil cabeças.

A renovação do licenciamento da usina hidrelétrica de Jirau no Rio Madeira acelerou dessa decisão. Ivo Cassol, governador de Rondônia, ofereceu, em troca da licença, a permuta da Flona Bom Futuro pela Reserva Estadual do Rio Vermelho que será inundada com a construção do Complexo do Madeira. A troca interessa ao governo de Rondônia, que pretende manter no local as milhares de famílias que moram dentro da reserva e ocupam uma área de cerca de 700 km2.

Por fim um fato curisoso: as UC Floresta Estadual Rio Vermelho A e B e a Estação Ecológica Mujica Nava que perderam o status de área protegida constam na lista de UCs que formariam a suposta ‘barreira verde’ contra o desmatamento provocado pela BR-319. Agora temos um buraco no paredão de floresta no entorno da rodovia. Resta saber se o governo vai resolver esse problema antes da emissão da licença do empreendimento.

Fonte: Greenpeace

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