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CASO OLAVO PIRES: Senado Federal quer PF investigando assassinato de senador



O Senado vai acompanhar as investigações do assassinato do senador Olavo Pires (PTB-RO), morto em 16 de outubro de 1990. Um grupo de senadores defendeu hoje (18) a reabertura das apurações pela Polícia Federal (PF). O corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), adiantou ao Congresso em Foco que pretende ir a Belo Horizonte, após o Carnaval, para tomar conhecimento da íntegra do depoimento de João Ferreira Lima, que confessou ontem (17) a autoria do crime.

João de Goiânia, como é mais conhecido, foi preso no último domingo (15), acusado de liderar a maior quadrilha de roubo a banco do país, desbaratada pela Operação Vandec. "Como ele assumiu o assassinato de um senador no exercício do mandato, a Justiça deve encaminhar o caso para a Polícia Federal", avaliou Tuma.

O corregedor foi destacado pelo primeiro vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), para acompanhar o caso após pedido do senador Expedito Júnior (PR-RO). A confissão feita por João de Goiânia surpreendeu os senadores, que consideram o caso sem solução.


Arquivo vivo

"Ele é um arquivo vivo. Está correndo risco de morte", disse Expedito, ao defender a transferência do preso para a custódia da Polícia Federal. Ele não está só no apelo. "Pedi hoje (17) à Polícia Federal que retome as investigações", anunciou da tribuna do Senado Valdir Raupp (PMDB-RO).

Em depoimento gravado em vídeo pela Polícia Civil, João de Goiânia admitiu ter disparado 16 vezes contra o então senador Olavo Pires, que disputava o segundo turno do governo de Rondônia contra o próprio Raupp em outubro de 1990. "As maiores vítimas desse processo foram Olavo Pires e sua família. Mas também fui vítima", considerou o ex-líder do PMDB no Senado, que acabou chegando ao governo do estado quatro anos depois.

Na época, Olavo liderava as pesquisas de intenção de voto, à frente de Raupp. Com o assassinato, o terceiro colocado no primeiro turno, Osvaldo Pianna, assumiu a vaga do petebista e acabou superando o peemedebista na votação final. "Esse João mudou o rumo da história de Rondônia", avaliou Expedito.

O assassinato de Olavo Pires detonou uma série de mortes envolvendo testemunhas e pessoas próximas ao ex-senador, entre elas, um motorista e um segurança particular. Natural de Catalão (GO), o senador foi morto em frente à sua empresa, uma revendedora de máquinas pesadas, em Porto Velho.


Rapaz nervoso

"Ele morreu por um rapaz que é meio nervoso, não gosta... Não aguenta muito desaforo em certas horas... Hoje ele está mais velho... Ele gosta de arma. Aí, ele deu, quis aplicar uns 16 tiros de uzzi nele e pegou onze na cabeça", declarou João, antes de confirmar, balançando a cabeça, que o "rapaz meio nervoso" era ele.

Em seu depoimento, João de Goiânia disse que o crime foi motivado por uma suposta dívida do candidato a governador de Rondônia relacionada a um esquema de receptação de carros furtados.


Artilharia pesada

O grupo é acusado pela Polícia Civil de Minas Gerais de ser a maior quadrilha de roubo a bancos e carros do país. Um dos últimos crimes atribuídos aos seis presos foi um assalto realizado no último dia 9, em Nova Mutum (MT). Com os acusados, a polícia apreendeu uma metralhadora antiaérea e antitanque marca Browing.50 com 170 munições, originária, segundo a acusação do Exército paraguaio.

A Operação Vandec está em sua terceira fase e homenageia o policial Vandec Costa da Silva, morto pela quadrilha em 2007, quando começou o cerco ao grupo. De lá pra cá, 26 pessoas foram presas, acusadas de formação de quadrilha, porte ilegal de armas exclusivas das Forças Armadas, sequestros, roubos a bancos e carros fortes, latrocínio e roubos de armas.

A quadrilha, segundo os delegados que coordenam a operação, planejava praticar um assalto na Venezuela, onde pretendiam roubar uma tonelada de ouro, avaliada em R$ 50 milhões. (Edson Sardinha)

Fonte: Congresso em Foco

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