Sexta-feira, 21 de setembro de 2018 - 14h11
Cai N’Água (PVH-RO) – Uma das principais razões para que as “cracolândias” avancem na Capital Porto Velho é, sem sombra de dúvidas, a suposta inércia das autoridades a quem cabe à derrota do tráfico de drogas e o avanço da criminalidade nos tempos atuais.
Não é de hoje, por exemplo, que as ruas centrais da cidade vivem infestadas de “micros-cracolândias”. Já no início do novo século, todo o entorno do histórico Mercado Central, dava sinais da ocupação dos espaços públicos por moradores de rua e com eles, “o avanço do tráfico formiguinha e da prostituição”, afirma a acadêmica Francisca da Silva, 56.
Desse espaço público aos demais pontos turísticos e de serviços à população, a proliferação de uma expressiva parcela da população em situação de vulnerabilidade social e pessoal, “avançou neste ano na administração atual” com a dominação quase plena de toda a área central, afirma Francisca.
A principal razão desse tipo de chaga não proliferar ainda mais, seja no Centro Histórico, seja na periferia, “é a falta de políticas públicas que reconstrua vidas já sem identidade em face das derrotas sofridas pelo poder público e político”, ressalta a acadêmica.
Por conta e risco de uma má gestão é imensurável a multidão de dependentes químicos, ladrões, bandidos, vagabundos e de prostitutas que sempre atuaram no centro que migrou do entorno do Mercado Central para o Terminal de Integração (Avenida Rogério Weber e Rua Euclides da Cunha) e se alojou, impunemente, naquele complexo e que, agora, aterrorizam no Cai N’Água e adjacências.
Sem uma pronta intervenção da Prefeitura, desde que “essa gente, considerada invisível pelo poder público e político, por estarem fora dos programas sociais de governo, montou acampamentos no Terminal de Integração e adjacências, o número de assaltos, arrombamentos de boxes, lojas, residências e assassinatos mais que dobrou naquela região”, afirmam comerciantes anônimos.
Em virtude do aumento vertiginoso da violência, do crescimento expansivo do tráfico formiguinha e da criminalidade, dentro e fora do Terminal de Integração Municipal, moradores e comerciantes apelaram ao Ministério Público Federal (MPF), por não encontrarem apoio junto a órgãos da Prefeitura.
Apesar da visibilidade dada por essa parcela da população considerada “colônia de invisíveis”, no que tange ao recrudescimento de casos de violência, venda de drogas (mais a adolescentes), roubos de peças e do acervo da estrada de Ferro de Madeira Mamoré (EFMM), mesmo provocada, a secretaria de Serviço Social e da Família (SEMASF) não realizou nenhum estudo da situação.
Para especialistas da área social e de cidadania, “apesar de pertencer à União, a saída é o prefeito Hildon Chaves, conjuntamente, com órgãos auxiliares, decretar uma pronta intervenção no Terminal de Integração Municipal - sob a administração do Consórcio SIM – e fazer uma limpeza social coordenada com os Centros de Defesa dos Direitos Humanos existentes.
- Nem a Prefeitura, nem o Estado rondoniense, não estão fazendo o dever de cassa, que é, na opinião de assistentes sociais consultadas, ir aos locais de concentração dessas colônias e realizar os diagnósticos recomendados pelos protocolos contidos na legislação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), atesta a acadêmica Francisca da Silva.
Nesses estudos, devido a suposta ojeriza por parte de secretários das pastas da assistência social, “seria possível a identificação das origens e precedentes de todo um problema crônico, já a partir de uma pronta intervenção, para pôr em prática, o fim dos programas paliativos da atual gestão para atendimento de pessoas com problemas de drogadição”, sublinha a acadêmica da área de Serviço Social
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