PORTO VELHO TAMBÉM TEM A SUA CRACOLÂNDIA, NUM BAIRRO NOBRE

O local era conhecido como um antro do tráfico. Daí, a Prefeitura entrou na jogada, fez obras, colocou iluminação e transformou a área. Imaginava-se que o Campinho do 13, num bairro nobre de Porto Velho, melhorasse e os criminosos saíssem dali. Ledo engano. Tudo piorou e agora o local é uma espécie de Cracolândia. Dezenas de viciados são abastecidos, dia e noite, pelos traficantes, que agem sem qualquer repressão. Mas os bandidos fizeram mais: cortaram a energia elétrica do campinho. Mantiveram seu domínio numa área residencial, fizeram o Campo do 13 de sua sede para vender drogas e ainda impedem que crianças e jovens que queiram praticar esportes o façam à noite, por causa da escuridão. Vários pedidos de reposição da energia elétrica foram feitos, nenhum atendido. A população dali sabe que há um centro de distribuição de drogas, mas, ao que parece, a polícia não. Porque não há policiamento no local, onde jovens –e muitos menores – são abastecidos todos os dias com merla e crack, drogas pesadíssimas. (Clique AQUI e assista vídeo da TV Candelária).

Os moradores, apavorados, trancam-se em suas casas, temerosos que traficantes e viciados ataquem. Não permitem que seus filhos saiam à rua, à noite. Crianças não podem frequentar o campinho, que foi melhorado para a prática de esportes. Uma equipe de rugby, esporte que não é tradicional no Brasil, mas já tem muitos adeptos, incluindo várias crianças, treinava à noite no local, quando tinha luz. Agora, não têm mais onde se reunir. É assim mesmo. A ausência do Estado, da polícia (onde estará a PM, que não sabe deste famoso ponto de comércio de drogas da cidade?), do poder público, entrega as comunidades para os traficantes. Depois, quando quiserem fazer alguma coisa, poderá ser tarde demais. Agora ainda é viável. Mas em breve, a continuar assim, o Campo do 13 e todas as suas imediações serão de propriedade dos traficantes e viciados. Daí, não se conseguirá mais tirá-los... (Clique AQUI e assista vídeo da TV Candelária).

Fonte: Sergio Pires