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Hidrelétricas do Madeira

Santander e Banif lançam fundo para usina do Madeira


Bancos ibéricos reforçam aliança entre Furnas e Odebrecht
Os bancos Santander e Banif lançarão amanhã um fundo para investir na Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, ao lado da Construtora Norberto Odebrecht e Furnas Centrais Elétricas. A expectativa é de que o fundo tenha participação de 20% no consórcio, que ainda poderá contar com outros investidores. Isso, no entanto, vai depender da decisão do governo de limitar ou não a participação de construtoras e fornecedoras de equipamentos em 20%.
A medida faz parte de portaria divulgada dia 10 de agosto pelo Ministério de Minas e Energia, mas foi retirada do documento colocado em audiência pública pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Portanto, os investidores estão indecisos sobre a formação dos consórcios para disputar a hidrelétrica, de 3.150 MW, no dia 30 de outubro.
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, afirmou que há possibilidade de o limite ser mantido. A expectativa é de que o edital com todas as informações saia até o dia 5 de setembro. Além do porcentual de participação, deverá constar no documento a fatia de energia a ser direcionada ao mercado livre e ao mercado cativo.
Esse é um fator preponderante na decisão dos grandes consumidores de participar da disputa, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape), Mário Luiz Menel da Cunha. "O governo reafirmou que estamos dentro da disputa. Mas precisamos que isso seja oficializado", disse o executivo, cujo investimento no projeto deve atingir 400 MW. "Mas, dependendo das condições, nosso apetite pode crescer."
Também está prevista para esta semana a chamada pública das estatais do grupo Eletrobrás (Chesf, Eletronorte e Eletrosul) para encontrar um sócio e formar outros consórcios. Na semana passada, Hubner também anunciou a autorização das estatais para fazer parcerias e disputar a hidrelétrica. A formação desses consórcios contará também com fundos de pensão e, após o leilão, do BNDESPar.
Muitos investidores, no entanto, ficaram preocupados com o peso do Estado nos consórcios. Embora sejam considerados privados, os grandes fundos de pensão têm controle do governo, como é o caso da Petros (dos funcionários da Petrobras), Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e Funcex (da Caixa Econômica Federal).
"Esses fundos representam boa parte da indústria. O dinheiro é dos funcionários, mas a administração é estatal", afirma o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV/SP, William Eid. No desenho apresentado pela Chesf, semana passada, os fundos de pensão teriam até 30% de participação; as estatais, até 30%; o BNDESPar, 19%; e a iniciativa privada, 21%. O presidente da Chesf, Dilton da Conti Oliveira, fez questão de esclarecer que esses porcentuais não são fixos. Para o presidente da Abiape, o que assusta nem é o porcentual de participação das estatais, mas a governança.
O minoritário tem de estar protegido", afirma ele. O diretor-executivo da Amazônia Madeira Energética (Amel), empresa criada pela Camargo Corrêa para disputar o leilão, João Canellas, também prefere ver edital antes de fazer qualquer comentário sobre o assunto. O executivo garante, no entanto, que será difícil se contentar com apenas 21% de participação da iniciativa privada. Ele completa ainda que vários fundos de pensão têm contactado a empresa para possíveis parcerias. Canellas garante que a semana será decisiva. (Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Renée Pereira/Da Agência Estado)

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