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Hidrelétricas do Madeira

Polícia reprime ato contra usinas do Madeira


Ambientalistas bolivianos foram retirados do local por onde o presidente brasileiro passaria

A polícia boliviana reprimiu com violência ontem à noite um ato de protesto contra a construção das hidrelétricas do Rio Madeira, pouco antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio Quemado, sede do governo boliviano, em La Paz.

Manifestantes da organização ambiental Qanasa Animales, que exibiam uma faixa com os dizeres "Não às represas de Lula no Rio Madeira", foram obrigados a se retirar da área onde populares aguardavam a chegada do presidente brasileiro.  Quando o presidente Lula chegou, ouviu apenas palavras de apoio dos bolivianos.

"Lula pode ser um bom presidente no Brasil, mas aqui só vai trazer a morte e a destruição", disse a ativista Justina Poma, representante da Qanasa Animales.  Seus companheiros que seguravam a faixa foram levados pela polícia.  Organizações ambientais bolivianas criticam a construção das usinas no território brasileiro próximo à fronteira, alegando que as obras terão impacto ambiental do lado boliviano.

Na semana passada, o Brasil licitou a primeira barragem do complexo, Santo Antônio, com capacidade para gerar 3,3 mil megawatts (MW).  A disputa foi vencida por um consórcio capitaneado pela estatal Furnas e a construtora Odebrecht.  A segunda usina, Jirau, com mesma capacidade, irá a leilão no ano que vem.  Justina lembrou que o projeto original inclui mais duas usinas, uma binacional e outra em território boliviano.  "Se essas represas forem construídas, a Amazônia será destruída", reclamou a ativista.

Quando chegou à Praça Murillo, onde está o palácio, Lula ouviu as pessoas gritando seu nome.  Pouco antes, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e a presidente do Chile, Michele Bachelet, cumprimentaram a população.  Os presentes arriscaram pedidos de paz na Bolívia, país que passa por uma ruptura política, com os Estados do Oriente declarando autonomia com relação ao governo central.

Em meio às manifestações por autonomia, o prefeito (governador) de Santa Cruz, Rubén Costas, criticou a visita de Lula neste momento.  Ele sugeriu que o presidente brasileiro também pedisse audiências à oposição.  O estatuto autônomo de Santa Cruz dá ao estado poder de interferir na exploração de petróleo e gás natural.  Não houve referências ao fato nem a um suposto apoios de Lula a Morales nos discursos proferidos durante a noite.

Lula não falou com a imprensa na noite de ontem, mas em entrevista ao diário La Prensa, publicada neste domingo, disse que "Morales é o presidente constitucional da Bolívia" e os dois concordam na luta pela redução das desigualdades sociais.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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