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Hidrelétricas do Madeira

Desperdício de gás natural causa prejuízo de US$ 360 mi


Desatenção de governo para perdas no setor preocupa especialistas e parlamentares
 
O Brasil teve um prejuízo de aproximadamente US$ 360 milhões na economia do setor energético nos últimos cinco meses, o equivalente a um desperdício de quase 15 milhões de metros cúbicos de gás natural que deixaram de ser aproveitados na geração de energia. Estudiosos do setor afirmam que os índices de reinjeção e queima de gás cresceram em relação à mesma época do ano passado.
 
O engenheiro civil e consultor Humberto Viana Guimarães, em entrevista ao jornal paulista "Gazeta Mercantil", afirmou que o percentual de gás retirado dos poços brasileiros e não aproveitado subiu de 27,93% no mesmo período do ano passado para 30,34% até maio. "Nenhuma empresa vai conseguir aproveitar 100% do gás natural, mas queimar e reinjetar mais de 30% é desperdício", explicou Humberto. 
 
Para o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), esse desperdício do gás e a falta de interesse do governo podem prejudicar ainda mais o País. Segundo ele, o Executivo parece esperar acontecer algo mais grave para tomar as devidas soluções para um problema como é a energia elétrica. "Talvez seja preciso uma catástrofe como a crise aérea para que o governo acorde e resolva. Há obras em dia com todas as exigências, mas por problemas políticos não deslancham. Isso é um absurdo", contestou o deputado.
 
Moreira Mendes disse ainda que a queima de gás natural é uma alternativa limpa e não oferece nenhum risco ambiental. "É preciso investir no setor e liberar os gasodutos para o crescimento e desenvolvimento do País. Daqui a alguns anos o governo vai entender nossa preocupação com a energia brasileira", disse o deputado.
 
O senador e líder de governo, Valdir Raupp (PMDB-RO) acredita que é preciso dar atenção às obras que já estão praticamente liberadas, mas esperando a confirmação do governo para iniciarem os empreendimentos. Segundo Raupp, a construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho é uma alternativa que atende a demanda de produção e distribuição de gás natural. "Há diversas reservas de gás e se pararmos de queimar óleo diesel e explorar o gás, não vamos depender da Bolívia", ponderou o líder rondoniense. 
 
Os parlamentares lembram o exemplo do Gasoduto Urucu-PortoVelho, que já possui todas as licenças e autorizações necessárias para seu funcionamento mas ainda não foi construído por causa da burocracia do governo. 
 
Com sua construção, Rondônia e parte do Acre passarão a consumir energia mais limpa produzida a partir de duas termoelétricas instaladas em Porto Velho que atualmente funcionam queimando óleo diesel, produto caro e nocivo ao meio-ambiente. 
 
A instalação do empreendimento e a possibilidade da substituição do diesel pelo gás natural significaria, dentre outras vantagens, a economia de R$ 500 milhões/ano. "O povo de nosso estado merece essa atenção", afirmou o deputado.
 
Mas, não é apenas parlamentares que culpam o governo federal pela falta de investimento no setor de gás natural. Para Humberto Viana, o Brasil precisa de um gasoduto de grande porte para garantir o abastecimento e fornecimento do energético. "É preciso explorar nossa reserva que chegam a 880 bilhões de metros cúbicos", dz Viana. 
 
O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, acredita que a construção de obras que garantam segurança para o setor energético do País são indispensáveis e necessitam de mais investimentos. "Sejam usinas ou gasodutos, o importante é acharmos uma saída para que o Brasil não sofra novamente um "apagão" nos próximos anos", disse Cláudio Sales. 
 
Segundo Sales, à medida que cresce a economia é indispensável que cresça a oferta de energia, o que demanda melhores condições de abastecimento, produção, distribuição e fornecimento de energia para o País se desenvolver no setor. "O que as autoridades falam é um absurdo. Investem nas usinas emergenciais, que queimam óleo diesel, ao invés de investirem em obras práticas e seguras", afirmou Sales.
 
Fonte: agencia informe

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