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Hidrelétricas do Madeira

Camargo Corrêa vai disputar usinas de Jirau e Belo Monte


São Paulo - Empresa reivindica garantias de que outras estatais, além de Furnas, devem integrar consórcios. A definição oficial, confirmando a participação das estatais na licitação da primeira usina do Complexo Madeira, Santo Antonio, de 3.150 megawatts (MW), surtiu efeitos positivos nas empresas interessadas no leilão. A Amazônia Madeira Energética Ltda (Amel), empresa do Grupo Camargo Corrêa, por exemplo, confirmou a este jornal a decisão de disputar também a segunda usina, Jirau (3.450 MW), e a de Belo Monte, no Pará, de 11.181 MW). "Estamos otimistas quanto a nossa participação não só para Santo Antonio mas também nos outros empreendimentos. Nossa experiência em hidrelétricas nos dá pela certeza de que estamos entrando para ganhar", diz João Canellas, presidente da Amel.

Porém, o executivo considera que alguns pontos do edital, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), precisam de complementação. Para Canellas é preciso que a Eletrobrás dê garantias da participação de outras de suas empresas e que Furnas permaneça no mesmo consórcio que está, junto com a Odebrecht. Outra sugestão, segundo Canellas, diz respeito às formas de participação, com poder de veto ou não, e também a taxa de retorno mínimo.

A Amel vai exigir que o negócio seja fechado pelo sistema turn key e não seja permitida mudança no acordo com o modelo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com as regras, o ganhador da licitação é quem irá escolher e decidir como será a participação do parceiro estatal. Ficará a critério também do ganhador definir o percentual de participação estatal, que pode ser de até 49%.

"O estudo que nós realizamos, há mais de oito meses, aponta para uma parceria com uma da empresas da Eletrobrás. Neste momento, o governo precisa demonstrar que há realmente transparência envolvendo este projeto", explica. Outro ponto que preocupa o presidente da Amel, se relaciona com os prazos que na opinião dele, estão apertados. O prazo de 50 dias antes do leilão marcado para o dia 30 de outubro é pequeno para que sejam tomadas decisões importantes como a definição das empresas na formação dos consórcios que precisam de aprovação dos conselhos administrativos, o estudo do edital e dos anexos.

"Estamos considerando que para este projeto, entre os maiores do mundo, as coisas estão acontecendo muito devagar. Além desses pontos outros também nos preocupam, principalmente, com a definição dos fornecedores de equipamentos que estão fechados com o outro consórcio", acrescenta o executivo. "É impossível se resolver uma obra de engenharia em cima de hipóteses", argumenta.

Embora com todos esses problemas, Canellas afirma que a Amel tem um projeto bem estruturado e que cobrirá qualquer outro já licitado. "Será um marco porque vamos garantir um preço abaixo dos R$ 125 MWh, desde que haja competição. Se a EPE (Empresa de Pesquisa Energética ) já estima o preço da obra abaixo dos R$ 9 bilhões, estamos projetando um valor mais baixo ainda". Quanto à entrada de outras empresas no consórcio com a Amel, Canellas admite ser possível a união com o Grupo Suez.

Sobre a participação na licitação da segunda usina, Jirau, marcado para março de 2008, e Belo Monte, a Amel, já está estudando os dados técnicos.

O Complexo Madeira é a principal obra incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. O PAC, prevê ainda a linha de transmissão que vai interligar Porto Velho (RO) a Araraquara (SP) com extensão de 2,5 mil quilômetros. A previsão é de investimentos da ordem de R$ 10 bilhões, cuja licitação está prevista para acontecer entre julho e setembro de 2008.

(Fonte: Gazeta Mercantil/Ivonéte Dainese) - Power inf.

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