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Hidrelétricas do Madeira

Bolívia alega rompimento por parte do Brasil e Lula vislumbra compensação no complexo do Rio Madeira


A aprovação da licença prévia para o complexo do Rio Madeira gerou constrangimentos nas relações entre Brasil e Bolívia. Na tarde de ontem, o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, se dirigiu à imprensa sem ter sido informado da carta que o chanceler Celso Amorim havia recebido das autoridades bolivianas.
Em entrevista para a BBC, Garcia foi enfático ao negar qualquer manifestação boliviana sobre o tema. E foi além, ao opinar que tal manifestação não seria sequer cogitável, pois "se trata de um tema nacional que diz respeito somente ao Brasil".
Evidentemente, Garcia não havia sido informado da correspondência que o chanceler da Bolívia David Choquehuanca enviara ao ministro Celso Amorim, na manhã de ontem. Na carta, o problema do complexo do Rio Madeira é definido como "grave" e apela-se para o diálogo e compreensão para encontrar uma solução satisfatória.
"Como manifestamos em reiteradas oportunidades, a Bolívia considera que, antes de realizar uma licitação de projetos hidrelétricos tão próximos ao território da Bolívia, é necessário realizar estudos de impacto ambiental integrais que abarquem toda a extensão da bacia do Madeira, incluindo, obviamente, a área compreendida em território boliviano", escreve o chanceler.
Choquehuanca também lamenta uma quebra unilateral, por parte do Brasil, dos entendimentos anteriores entre os dois países, esclarecendo que o licenciamento se deu "apesar do compromisso alcançado durante as reuniões que mantivemos no ano passado".
Informado sobre o fato que as declarações do assessor desconsideravam a carta oficial do governo boliviano, Lula foi aconselhado a mostrar alguma disponibilidade para oferecer alguma alternativa para Morales, porém sem recuar em suas decisões unilaterais.
No fim da tarde, Lula surpreendeu com o anúncio súbito de mais uma usina hidrelétrica na fronteira com a Bolívia, que beneficiaria o país vizinho tanto com energia subsidiada pelo consumidor brasileiro, quanto com a ampliação da malha hidroviária para o território boliviano.
A usina faz parte dos planos da Iniciativa para Infraestrutura Regional Sulamericana (IIRSA), mas nunca foi inserida no planejamento energético do governo brasileiro. "Talvez seja uma espécie de barganha, mas não parece atender o pleito de nosso governo", pondera um especialista boliviano que trabalha numa instituição internacional e não deseja ser identificado.
 Fonte: Amazonia.org.br

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