Quarta-feira, 30 de abril de 2025 - 15h06
Hoje é dia 30 de abril no
nosso calendário neste planeta Terra que curiosamente tem muito mais de ¾ da
sua superfície envolto em águas salgadas que os solos filtram para o deleite
das águas doces que dão sustentação aos humanos em milhares e milhares de
cidades nos cinco continentes, desde de tempos imemoriais; mas para não
alongarmos muito vamos até dois mil anos atrás para dar um negrito numa época e
num lugar desse planeta.
A época histórica que eu quero
destacar aqui neste artigo de final de mês diz respeito aos primeiros trezentos
anos da chamada era cristã, contados os anos nesse calendário gregoriano desde
o nascimento de Cristo – Jesus de Nazaré.
E o lugar (geográfico) é o
centro do mundo civilizado – a nossa icônica Europa com suas hoje 29 nações
independentes e ricas desde sempre.
Pois bem o contexto é religioso,
mas com repercussão politica e material, ao menos no ponto de vista que quero
explorar, mas não defender ou qualquer outra coisa, trata-se apenas de um
registro e uma constatação lógica.
Jesus de Nazaré, o filho de
Deus, ou o filho do Homem, como ele mesmo dizia e repercutia em suas falas pela
Galileia e Jerusalém em seus quatro anos de pregação e viagens naquelas
paragens, anunciou que em três dias tudo seria novo, e que muita coisa mudaria,
mas não do jeito que os partidos romanos ou judeus imaginavam – estes desejando
um messias guerreiro e aqueles desejando a Roma eterna do jeito que eles
entendiam que a gestão das cidades do Império deveria ser.
O tempo dos homens é curto e
escasso, perdido em devaneios de orgulho, poder, vaidades, desejos materiais e
obscuros o mais das vezes – regados por egoísmo e força e sangue (guerras e
disputas).
O tempo de Deus, de Sofia, da
sabedoria e da esperança e da justiça é lento, belo, demorado, mas claro e
firme como as forças da natureza.
Cristo foi imolado pela
cegueira dos seus contemporâneos, crucificado, “deletado” ao menos na cabeça
dos seus algozes e malfeitores; mas sua vida, memoria, amor, visão e sua
clareza em tratar com o essencial e com as emoções humanas daqueles que o viam
e ouviam naquele tempo, fez ressoar o mais forte no intimo de todos os que
creram (e creem no seu evangelho).
Pessoas de todas as cores e
pensamentos e todos os tipos de vida – romanos, judeus, sarracenos, déspotas,
militares, gregos, gentios e mercadores do mundo todo passaram depois de sua
morte e assunção aos céus a ouvir o ressoar daquelas mensagens de vida eterna,
de amor, carinho e proteção um pelo outro – destoando da mensagem do Império e
de seus associados como eram os judeus ricos e os militares romanos, seus governadores,
pretores, embaixadores e senadores.
A magia da singularidade do
amor, da proteção, da caridade, do eterno ser criador (DEUS) realmente foi
florescendo no coração e na mente de milhares e depois de milhões; ora tivemos
durante mais de trinta anos Pedro e Paulo como colunas vivas e centenas de
contemporâneos e discípulos que viveram e conviveram com o mestre de Nazaré por
três, quatro ou cinco (?) anos.
Realmente foi “demorado” até a
Igreja ser formada e organizada, muitas mortes, muitas viagens, muitos
encontros e concílios entre os novos doutores da nova igreja agora não mais “o
Caminho”, mas já em três séculos – a Igreja de Cristo e os seus seguidores já
se chamavam e eram conhecidos e declarados: CRISTÃOS.
Havia no terceiro século dessa
“nova era Cristã” um Imperador, alias dois imperadores para os negócios
terrenos da Europa (centro do mundo civilizado) e Constantino tinha sua esposa
e sua mãe como cristãs convertidas mas ele ainda não , visto que o mundo
politico e material ocupava seu tempo e sua vida talvez em 100 por cento, mas
como o Cristo (ser extraordinário) havia profetizado, chegou o tempo em que as
sementes semeadas já eram arvores frondosas e seus frutos realmente já davam
1000 por um.
No tempo humano e no tempo de
Deus aconteceu o primeiro Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador
Constantino I no ano de 325 depois de Cristo, olhem bem, um dia pode ser 100
anos, sim ou não (?) quando a Igreja definiu ou estabeleceu a primeira
regra de fé geral para os cristãos, que ainda hoje é um documento importante
para a Igreja pois os bispos ali reunidos estabeleceram pela primeira vez uma
regra de fé geral que ainda hoje - mil e setecentos anos depois - é idealmente
aquela de todos os cristãos. No entanto, a intenção de chegar a uma data comum
para a celebração da festa mais importante, a Páscoa, não se concretizou e teve
o efeito de distanciar ainda mais o cristianismo de sua raiz “sagrada”
fundamental para o judaísmo.
Essa longa história remonta
precisamente aos fundamentos constituídos pelas Escrituras hebraicas e, por
meio de suas traduções para o grego, ao encontro com o pensamento helenístico:
Jerusalém e Atenas, se quisermos sintetizar em um título. O grego é a língua
comum que Jesus e alguns de seus discípulos mastigam um pouco, que é usada para
reler os livros sagrados hebraicos traduzidos, interpretá-los como anunciação
de Cristo e escrever todos os livros que hoje compõem o Novo Testamento.
O fato é que a partir daquele
momento, daquele Concilio tudo se fez novo e o Império Romano decretou ali o seu
fim como instituto humano de poder e também ali naquele momento a religião do
judaísmo também caiu.
Assim como sutilmente previu o
Galileo, um ser extraordinário vivendo muito fora do seu tempo, ou talvez no
tempo certo pela Graça de Deus, Roma mudou na seara política (dominando pelo
medo e pela força) e religiosa (judeus coniventes e sobrevivendo entre os
despojos de guerra sobre seus irmãos) – apenas os humildes, os simples de
coração e os crentes verdadeiros creram e certamente que trabalharam muito para
a mudança que ocorreu.
Dia desses, para ilustrar e
corroborar essa fala e esse pensamento (talvez essas afirmações) ocorreu que em
dia da posse do papa Bento XVI, no alto da Basilica de São Pedro, em 2.005, o Cardeal
Francis George, dos EUA, fitava algo à sua frente, bastante concentrado,
era o dia 19 de abril de 2.005, enquanto o novo Papa era apresentado ao mudo o
padre americano estava noutro mundo, olhava fixamente para o Circo Máximo, do
Monte Palatino, onde os imperadores romanos até 1.600 anos atrás residiam e
reinavam, e de onde assistiram às perseguições dos cristãos.
A afirmação do padre (Cardeal
Francis) para repórteres curiosos que o questionaram foi: “Onde estão
aqueles imperadores e doutores da lei de antigamente, onde estão seus
sucessores? Onde está o sucessor de César Augusto? Onde está o sucessor de
Marco Aurélio? Onde está o sucessor de Anás, Caifás, Nicodemus? E, finalmente,
quem é importante? Quem venceu a batalha e quem transformou toda a vida na
Europa? Quem viveu e sobreviveu a tantas mudanças depois do Cristo de Deus? Eles
não estão mais aqui e nem seus modelos de governança e formalidades com eram os
preceitos dos saduceus e fariseus, não comandam mais nada, estamos aqui nós, os
cristãos e o sucessor de Pedro, ele está bem aqui do meu lado, e por ele, e por
nós, Cristo reina para sempre.”
Isso aconteceu há exatamente
20 anos atras. E a gente demora um pouco para saber, um pouco para ver e crer e
mais ainda para aceitar.
Portanto, amados crentes e não
crentes: quem tiver ouvidos que ouça; quem tiver entendimento que entenda.
Graça e Paz da parte do
Senhor.
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