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Francisco Aroldo

Sobre o conclave no Vaticano, guerras de ideologias, as tarifas globais e o Oraculo de Delfos


Sobre o conclave no Vaticano, guerras de ideologias, as tarifas globais e o Oraculo de Delfos - Gente de Opinião

Caríssimos leitores desta coluna, estamos no mês de maio. Para o mundo católico é o mês de Maria a mãe de Jesus, o Cristo de Paulo (de Deus).

Me veio ontem a mente escrever essas poucas linhas como reflexão a todos nós nesse momento porque passamos no mundo, este planeta nono dessa região abençoada e protegida do sistema solar, onde caminhamos e seguimos acertando e errando há mais de 100 mil anos na condição de seres providos de alguma inteligência e muitas emoções.

Hoje começa na capital mundial da Igreja Católica Apostólica Romana, no Vaticano, o conclave que elegerá seu próximo líder, o próximo papa, o numero 267 segundo o cânon. O sucessor do Papa Francisco ninguém sabe realmente quem poderá de ser, há desde ano passado muitas especulações, mas um fato importante é que entre a morte de João Paulo II e hoje, passados 21 anos, o mundo todo entrou acelerado por mudanças muitas e tecnologias outras; parece mesmo que essa aceleração no modo de vida das nações e dos seres humanos reflete demais na postura de todos os nossos “lideres” terrenos.

Desde janeiro quando o atual presidente americano (EUA) assumiu parece que houve uma declaração de guerra interna, com tantos depoimentos e atividades diferenciadas, talvez o mesmo aconteceu por aqui em 2019, alguém lembra dos embates nacionais do presidente Bolsonaro e o congresso nacional? A Europa experimenta isso há mais tempo, talvez porque os assuntos europeus não cheguem facilmente por aqui, mas faz tempo que essas disputas ideológicas de extrema direita e extrema esquerda destroem a democracia.

Outro fato que merece destaque são os aniversários sequentes das guerras naquelas paragens e no meio do mundo – as mais badaladas do momento são da Rússia com a Ucrânia (irmãos contra irmãos – afinal eles eram da mãe única a Republica Socialista Soviética) e a guerra de Israel com seus outros irmãos; essas disputas são milenares e complexas, não temos como aprofundar em um artigo de duas páginas – mas fica o registro: são os filhos de Israel contra os filhos de Ismael, uma verdadeira denuncia histórica de que Abraão teve e tem até hoje problemas familiares desde que, a bem da verdade, teve duas esposas; comportamento que aliás repudiava em seu pai Terá - aquele que ficou rico com a produção e a venda de artigos religiosos na cidade de UR; cidade importante da antiga Mesopotâmia, entre a Arábia e a Pérsia.

Estamos vendo ainda esse ano de 2025, como véspera da chegado do tão famigerado e anunciado RESET FINANCEIRO MUNDIAL, a guerra fria e de tarifas e de outros modelos entre os EUA e a CHINA – entre isso estamos nós no BRICS, o Brasil é o único pais sul-americano desde o começo desse projeto em 2012; somos de fato um pais rebelde para muitos europeus e para os americanos e canadenses e para a coroa inglesa também; apenas o papa FRANCISCO (argentino) pareceu abençoar esse movimento, pelo menos declarou apoio por varias vezes em 2016 e 2.018. Quando chegou a pandemia mundial ele mesmo fez grandiosa reflexão e a partir de 2.021 se reservou aos protocolos e a cuidar mais de ROMA como bispo e gestor responsável por 1,5 bilhão de almas.

O mundo vive novamente, e isso é mesmo cíclico, efervescências e transformações no seio político, social e religioso é verdade, mas também se some a isso as mudanças climáticas anunciadas desde 1990 com a força da ciência e de novo, das ideologias sectárias da Europa que sempre tem imposto às suas “colônias americanas” desde 1.500 suas vontades.  É tanto que em novembro próximo teremos em Belém do Pará a COP 30 que diz que reunirá 180 delegações para novamente (faz trinta e quatro anos) debater as responsabilidades das nações industrializadas e outras empobrecidas pela manipulação e pelo comercio internacional que é acima de tudo um sistema ateu, adorador de benefícios econômicos e conforto para o topo da pirâmide.

Mas ... e o que tem a ver tudo isso com o tal do Oraculo de Delfos (?), você que me lê até aqui deve estar com a mão no queixo – talvez.

Bom, a construção da Igreja Católica apostólica romana deveu-se a universalidade de conceitos e praticas religiosas do centro do mundo nos primeiros séculos após a morte e assunção de Jesus Cristo. Importante entender que uma instituição forte e poderosa com tamanha influencia e ramificação precisou de tempo e sabedoria para talhar conceitos e práticas universais - o que os seus teólogos e filósofos pós a época dos apóstolos está registrada pelas mais diversas fontes.

Foi preciso olhar para trás da história da humanidade e desenhar o que se queria para diante. E isso deu aos católicos romanos após o conhecido ano de 325 d.C. seu formato de comando terreno com as forças do mundo espiritual moderno.

Assim é que o conclave que deveria iniciar no domingo (dia do Senhor) dia 04 de maio, foi anunciado primeiro para o dia 06 e logo após as primeiras reuniões preparatórias, ficou redefinido para o dia 07 de maio.

Parece que as consultas dos 133 cardeais do mundo ficaram localizas bem no sétimo dia do mês das mulheres, o tal mês de maio – como era nos tempos da Grécia Antiga em tempos remotos da civilização daquelas paragens. O oráculo de Delfos era um dos mais importantes rituais religiosos, por meio do qual os deuses davam respostas ás perguntas dos homens, havia naquele tempo inúmeros oráculos, mas o de Delfos foi o mais célebre e influente; segundo a lenda a cidade de Delfos era o centro do mundo, o lugar onde as águias libertadas por Zeus se cruzaram nos céus, ali os governantes da Grécia iam para realizar suas consultas pessoais (assuntos domésticos) ou públicas (assuntos de estado).

Existiam no santuário de Delfos todo um ritual de purificação e sacrifícios coordenados pela sacerdotisa a chamada Pitonisa (um cargo não uma pessoa) que profetizava sempre no dia 7 (sete) de cada mês – curiosamente o dia em que nasceu o deus Apolo, ou seja, os lideres por meio da sacerdotisa e dos rituais programados com as ofertas e seus sacrifícios, queriam alcançar os benefícios do deus mais próximo a Zeus – com carisma e devoção extremamente preparados.

Não tem como afirmar, mas tem como imaginar que ainda hoje, após mais de 2.600 anos continuamos realizando os mesmos pedidos de novas maneiras (rituais) e com novos sacrifícios para novos representantes do mundo espiritual, que em verdade parece para bilhões de humanos realmente enigmático e talvez inefável.

Talvez no próximo sábado teremos um novo papa – “Habemus Papam”.

O Eterno Deus abençoe esse planeta. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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