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6ª edição do Fest Cineamazônia é sucesso total



A noite de sábado (15 de novembro) foi recheada de emoções, homenagens e prêmios durante o encerramento da 6ª edição do Fest Cineamazônia – Festival de cinema e vídeo Ambiental, este ano com o tema "Não – A natureza não pode sair de cena".

Grua posicionada. Carrinho instalado. Fotógrafos e cinegrafista a postos. O cenário estava pronto para receber o homenageado da noite, o ator Antonio Pitanga e também para revelar dos vencedores do Troféu Mapinguari nas várias categorias da Mostra Competitiva. Mais uma vez, Fernanda Kopanakis e Solano Ferreira, atuaram como mestres de cerimônia.

Abrindo a noite, foram exibidos, a animação "Mapinguari", de Lula Gonzaga, e o vídeo institucional do Fest Cineamazônia e o documentário - Soja, em nome do progresso. Antes de chamarem Antonio Pitanga ao palco para receber o Troféu Mapinguari das mãos da senadora Fátima Cleide, Fernanda e Solano falaram sobre a carreira do homenageado.  

Antonio Pitanga estudou na escola de teatro numa época em que os negros não aceitos. Foi exilado durante a ditadura, quando militava no Centro Popular de Cultura (CPC). Durante o Cinema Novo, trabalhou em filmes de diretores ligados ao movimento, como Cacá Diegues e Glauber Rocha, atuando em clássicos como A grande feira (1961), Barravento (1962), Ganga Zumba (1964), Câncer (1968). Sua filmografia conta com quase oitenta filmes em mais de cinqüenta anos de carreira. Além de atuante pela causa negra nas telas de cinema, é membro do Conselho do Centro Brasileiro de Informação e documentação do artista negro, ONG idealizada pela atriz Zezé Motta, com o objetivo de inserir o artista negro no mercado.

A senadora Fátima Cleide chamou Antonio Pitanga de "grande militante" pela cultura brasileira. "É um orgulho e uma alegria estar aqui hoje para fazer a entrega do Mapinguari ao ator Antonio Pitanga, e aproveito a ocasião para parabenizar ao Jurandir, Fernanda, Levy e toda equipe que com muito trabalho, dificuldade, empenho e sacrifício, fazem o Festival acontecer. O público é o grande vencedor desta festa que é o Fest Cineamazônia, que merece também a presença deste grande homem e ator, que é Antonio Pitanga".    

"Momentos como este calam fundo e nos emocionam", disse Pitanga em seu discurso de agradecimento – "Quando fui convidado pelo Jurandir para esta homenagem do Fest Cineamazônia confesso que fiquei surpreso e muito feliz, pois são raras as homenagens recebidas em vida. Em 2009 farei cinqüenta anos de profissão. O Brasil é um país que trabalha a cultura da não-memória, do esquecimento do artista. Chego aqui e vejo que a Chica Xavier, o Clementino Kelé foram homenageados, o próprio Nelson Pereira dos Santos foi homenageado, então isso me toca muito".

Pitanga elogiou aos organizadores do Festival pela sensibilidade de premiar e homenagear artistas como ele. "O Fest Cine traz o que há de melhor das produções realizadas no país. Antigamente os festivais eram restritos ao eixo Rio/São Paulo, hoje não, agora viajamos e desta forma descortinamos este Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Esta é a maior vitória, e nesta vitória eu sou lembrado, mesmo nos lugares mais longínquos, estou sendo homenageado. Então realmente valeu a pena ter resistido, ter participado destes momentos do cinema brasileiro, estar vivo, fazendo cinema, participando para merecer e agradecer esta homenagem".

Completando a homenagem, o poeta Eliakin Rufino subiu ao palco para declamar três poemas para Antonio Pitanga, brindando também ao público com mais uma apresentação.

Depois da homenagem ao ator, chegou o momento aguardado por todos: o anúncio dos vencedores da noite. O primeiro prêmio anunciado foi o ganhador do Prêmio Chico Mendes de melhor roteiro para Leo Falcão, pelo filme "A vida é curta", que receberia mais dois troféus: O de melhor ator para Fernando Escrichi e ainda o de melhor filme. 

O grande vencedor da noite foi "Inventário das sombras", de Joesér Alvarez que ganhou o Troféu Mapinguari de melhor produção rondoniense, e mais quatro prêmios – Melhor diretor, melhor montagem e melhor trilha sonora rondoniense. Nas categorias melhor vídeo reportagem ambiental rondoniense e vídeo reportagem nacional foram premiados os trabalhos das jornalistas Andréia Fortini e Wagna Vieira, que realizaram respectivamente "Suruí, via satélite" e "Viagens Machadinho",ambos de Rondônia.

Para encerrar a 6ª edição do Fest Cineamazônia, os organizadores presentearam o público com um show do compositor e cantor Bado e seu Bando com as participações especiais de Eliakin Rufino, Ceiça Farias, Elisa Cristina, Binho e Zezinho Maranhão.

A missão do Fest Cineamazônia está cumprida, pelo menos por agora. Durante seis dias, Porto Velho respirou cinema. O palco do Teatro Um do SESC Esplanada recebeu os mais de sessenta filmes, vídeos, documentários,animações e vídeos reportagens ambientais selecionados para a Mostra Competitiva, trabalhos que almejavam ganhar o cobiçado Troféu Mapinguari.

O Fest Cine também promoveu debate com a presença de estudantes, e mesa redonda num barco, em pleno Rio Madeira. O Festival promoveu oficinas de animação, circo e fotografia, Mostra Paralela, e levou o cinema a vários pontos e comunidades da capital, como o Cinema no Terreiro, Cinema no Beiradão, Mostra Arco íris, Cinema no Circo, Cinema nos bairros, A escola vai ao cinema, Mostra Direitos Humanos e homenagens. No que depender dos organizadores do Festival, nem a natureza, nem o homem e muito menos o cinema sairão de cena. O meio ambiente e cultura agradecem.

A 6ª edição do Festival com o tema "Não – A Natureza não pode sair de cena" aconteceu em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca.

O Fest Cineamazônia contou com o patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Fundo Nacional de Cultura,  tem ainda o apoio cultural da senadora Fátima Cleide, deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Governo de Rondônia, Secel, Semed, Fecomércio e parceiros da mídia rondoniense.

Premiados da 6ª edição do Fest Cineamazônia – Festival de cinema e vídeo ambiental:

Prêmio Chico Mendes de Melhor Roteiro – Leo Falcão (Pernambuco) pelo filme "A vida é curta";

Prêmio Marina Silva de Melhor Montagem – Alessandro Monnerat (São Paulo) do filme "Calango Lengo – morte e vida sem ver água;

Prêmio Silvino Santos de Melhor Fotografia – San Costa (Pernambuco), pelo filme "Uma cruz, uma história e uma estrada";

Prêmio Capô – Maurice Capovilla de Melhor Linguagem – Eduardo Drachinski (Santa Catarina) do filme "Doce turminha e o bom samaritano";

Prêmio de Melhor Direção – Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Distrito Federal) do filme "Entre cores e navalhas";

Prêmio de Melhor Ator – Fernando Escrichi (Pernambuco) pelo curta metragem "A vida é curta";

Prêmio de Melhor Atriz – Lala Schneider (Paraná) pelo filme "Vovó vai ao supermercado";

Prêmio de Melhor produção rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário "Inventário das sombras";

Prêmio de Melhor Documentário (Prêmio ABD/RO – Lídio Sonh) – Sérgio Andrade (Amazonas) "Criminosos";

Prêmio Melhor diretor rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário "Inventário das sombras";

Prêmio Júri Popular (Thiago de Mello) – Luigi Franceschi (Paraná) pelo filme "Ninguém dá bola pro Ernesto";

Prêmio Melhor Montagem rondoniense – "Inventário das sombras";

Prêmio Melhor Trilha Sonora original rondoniense – "Inventário das sombras";

Prêmio de Melhor Reportagem Ambiental Nacional – Wagna Vieira "Viagens Machadinho";

Prêmio de Melhor Roteiro rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário "Inventário das sombras";

Prêmio Menção Honrosa do Júri Vídeo Reportagem Ambiental – Franck Coe (Rio Grande do Sul) por "O Legado";

Prêmio Manoel Rodrigues Ferreira de Melhor Experimental – Alberto Bitar (Pará) pelo vídeo "Quase todos os dias";

Prêmio Vitor Hugo de Melhor Ficção – Cristiane Garcia (São Paulo) pelo filme "Nas asas do condor";

Prêmio Major Reis para Melhor Animação – Leonardo Cadaval (São Paulo) pelo filme "Pajerama";

Prêmio Danna Merril de Melhor Documentário – Joe Pimentel (Ceará) por "Câmera viajante";

Prêmio de Melhor Filme – Leo Falcão (Pernambuco) por "A vida é curta".

Fonte: Ascom / Festcine Amazônia

 

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