Reforço do SIN em 2015 virá do complexo do rio Madeira, avalia Chipp

Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia
 

O principal reforço do Sistema Interligado Nacional em 2015 será do complexo do Madeira, que é composto pelas UHEs Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.568 MW) e pelos dois bipolos que transmitem a energia para a região Sudeste. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o atendimento da carga no ano que vem não dependerá de grandes obras.
 

Uma das maiores será o segundo bipolo do Linhão do Madeira, que deverá entrar em operação comercial em março ou abril para, nas palavras do diretor geral do órgão, Hermes Chipp, não deixar máquinas sem transmissão. Outra grande usina que deverá começar a escoar energia será a UHE Teles Pires (MT – 1.840 MW), mas nesse caso deverá ser encontrada uma alternativa, já que a linha de transmissão, sob a responsabilidade do consórcio formado pela chinesa State Grid e a Copel, está atrasada.
 

De acordo com Chipp, Teles Pires está na programação de operação do operador para abril, caso ocorra o atraso pode ficar para julho, mas o impacto não será grande no SIN porque o volume de energia é pequeno diante do crescimento anual da carga.
 

“Se não entrar em abril, Teles Pires não terá grande influência porque o volume de energia é de 1.500 MW com as 4 máquinas que entram ao longo do ano, é pouco. Se a afluência média no período úmido for atingida mesmo supre essa falta”, afirmou ele no Fórum Abastecimento 2015 – Cenários e Projeções, realizado pelo Grupo CanalEnergia nesta quinta-feira, 4 de dezembro, em São Paulo.
 

O ONS já trabalha em alternativas para avaliar como colocar essa energia no SIN. Entre essas está a de conectar a usina em uma subestação próxima até que a linha esteja concluída.