Óleo de cozinha usado se transforma em sabão e biodiesel

Um exemplo fácil de ser seguido está sendo dado no município paulista de São Carlos. O óleo de cozinha usado é encaminhado às cooperativas de coleta seletiva da cidade para produção de sabão, e também vendido às usinas que produzem biodiesel. Para facilitar a participação da população, foram instalados Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).

A população poderá conservar o óleo usado em garrafas PETs e entregá-lo às cooperativas de coleta seletiva ou nos PEVs das escolas municipais e estaduais. A transformação de óleo de cozinha em sabão já faz parte da rotina das 15 donas de casa da ONG da Paróquia São Judas Tadeu. O grupo trabalha há 12 anos ajudando a preservar o meio ambiente.

"Só em São Carlos, estima-se que o consumo de óleo de cozinha chegue a 60 mil litros mensais. Todo esse volume pode ser reciclado, evitando o despejo nos rios, córregos e na rede de esgotos, o que compromete a qualidade de milhões de litro de águas todos os dias", observa Paulo Mancini, coordenador de Meio Ambiente da prefeitura de São Carlos.

Em Cacoal

No município de Cacoal, em Rondônia, o Instituto Socioambiental, Saúde e Bem Estar (Desam), entregou hoje de manhã premiação para as escolas que participaram da campanha "Óleo reciclado é vida". O objetivo da campanha, segundo Alberto Ayres Benício, presidente do Desam, é o de conscientizar a população sobre os malefícios do óleo derramado na pia, no lixo ou nos quintais.  

 "O óleo que fica no encanamento, causa entupimento das tubulações e, se não houver um sistema de tratamento de esgoto, acaba se espalhando na superfície dos rios e das represas, causando danos à fauna aquática, além de ficar no solo, impermeabilizando-o e contribuindo com enchentes, ou entra em decomposição, soltando gás metano durante esse processo, causando mau cheiro, além de agravar o efeito estufa", enfatizou Benício. 

Energia e Meio Ambiente, com informações das Assessorias de Comunicação da prefeitura de São Carlos (SP) e do Instituto Desam (RO)