Domingo, 5 de maio de 2013 - 17h59
Luana Lourenço
Agência Brasil
Brasília - Um grupo de indígenas que ocupa o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), desde a última quinta-feira (2) permanece no local e mantém as obras paralisadas. Eles pedem que as obras de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia sejam suspensas até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.
Na sexta-feira (3), segundo informações do consórcio responsável pela obra, os manifestantes não indígenas foram retirados da ocupação após a execução de um mandado de reintegração de posse. No entanto, cerca de 60 índios permanecem no local. Eles ocupam a área administrativa do Sítio Belo Monte, um dos três grandes canteiros de obras do empreendimento, localizado a 55 quilômetros de Altamira (PA). Os indígenas estão dormindo em redes e em duas salas que funcionam como escritórios.
Desde a ocupação, não foram registrados atos de violência ou danos ao patrimônio. Cerca de 3 mil trabalhadores que moram nas instalações do canteiro de obras também estão no local, mas por ser domingo – dia de folga – a rotina segue tranquila, segundo o consórcio.
O grupo responsável espera retomar as obras amanhã (6) e informou que vai aguardar o resultado da negociação entre as lideranças indígenas e representantes do governo federal. No entanto, não descarta a possibilidade de pedir à Justiça um mandado de reintegração de posse para a retirada dos indígenas.
Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau
As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão
SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio
As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência
Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018
O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A