Eletrobras entra na Justiça com pedido de dissídio coletivo

TST está realizando audiência para analisar pedido da empresa, segundo FNU

Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia
 

A Eletrobras entrou na Justiça na última segunda-feira, 22 de julho, com pedido de dissídio coletivo, para tentar pôr fim à greve, que se iniciou no último dia 15 de julho. De acordo com Franklin Moreira, presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho marcou uma audiência para a tarde desta terça-feira, 23, para analisar o pedido da estatal. Segundo ele, a Eletrobras entrou com pedido de liminar solicitando quadro mínimo ou que seja declarada a abusividade da greve.
 

"O presidente do TST marcou uma audiência para hoje e pode, a partir do despacho, chamar o sindicato para uma audiência de conciliação", comentou Moreira em entrevista à Agência CanalEnergia. A proposta da Eletrobras é de reposição salarial de 6,49% e três talonários de tíquete. O sindicato havia pedido, além da reposição da inflação, um ganho real de 4,3%, quatro talonários de tíquete e manutenção dos benefícios atuais.
 

"Nós achamos que foi um retrocesso ter entrado com o dissídio. A expectativa era de que pudesse estar fazendo as negociações diretamente. Um dos motivos da categoria ter ido para a greve era de avançar com as negociações, já que na terceira rodada as negociações ficaram estagnadas. Achamos que não é o caminho e que isso pode levar a um maior acirramento das mobilizações", declarou Moreira.