Terça-feira, 28 de outubro de 2014 - 15h40
Após garantir mais quatro anos de mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) não possui mais alternativas, a não ser declarar que o Brasil terá que passar por um racionamento de energia em 2015, segundo avaliações feitas por diversas empresas de consultoria do setor energético.
O nível dos reservatórios, principalmente das Regiões Centro-Oeste e Sudeste é o mais baixo que se tem registro, inclusive inferior aos dados do mesmo período de 2001, ano do “apagão” em todo o país.
As usinas termoelétricas e o montante de água acumulada na Região Sul, não serão suficientes para garantir o abastecimento a nível nacional no próximo ano, a menos que volte a chover e de forma contínua e muito acima da média na região central do país, previsão esta não sinalizada por nenhum modelo numérico.
Valores de represamento monitorados pelo ONS mostram baixos valores em
hidrelétricas do Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, além de Tocantins.
De acordo com Erik Rego, diretor da consultoria Excelência Energética, a confirmação de um racionamento em 2015 só depende do regime de chuva que caiará, no máximo, até dezembro desse ano.
“O risco é muito maior que em 2013, pois neste ano, as térmicas conseguiram controlar a situação, mas com o nível dos reservatórios baixando a cada dia, onde já deveria estar chovendo, a última solução é decretar o racionamento a nível nacional”, concluiu.
Com racionamento ativo, não apenas a população terá que poupar energia, mas o ritmo do crescimento, principalmente das indústrias, pode ser altamente afetado e com isso, os números da economia com a geração de emprego e receita tende a despencar.
A cogitação, cada vez maior para o racionamento de energia em 2015, já levanta rumores na Bolsa de Valores, cujas ações de empresas ligadas ao governo federal, devem sofrer grandes variações nos próximos meses.
O governo não fez a sua parte em investir maciçamente em energia e esperou até agora a chuva, que comprovadamente, não caiu e muito difícil cairá com a intensidade necessária para recuperar o armazenamento das represas.
Algumas regiões entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, apresentem déficit pluviométrico superior a 1.400 milímetros, o que equivale a toda a chuva que costuma cair ao longo de um ano.
Além da irregularidade de precipitação e o temor em demissões e paralisações no campo industrial, o preço muito alto da energia cotada para o período 2015/2016 tende a inviabilizar vários projetos de ordem federal.
A nós, consumidores, e que já sentimos nos últimos meses o resultado da falta de investimentos, resta-nos apenas esperar a porcentagem absurda no aumento da tarifa de energia elétrica para o próximo ano.
(Crédito da imagem: Reprodução/ONS)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)
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