Terça-feira, 20 de junho de 2023 - 12h40
Um estudo da Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que, caso a alíquota do Imposto sobre
Valor Agregado (IVA) seja fixada em 25%, a compensação do aumento da carga
tributária no setor de serviços ameaçaria 3,8 milhões de empregos. Mesmo que os
recursos provenientes da redução tributária da indústria fossem integralmente
utilizados para contratações, seriam criados 3,2 milhões de empregos,
resultando em uma perda líquida de 600 mil postos de trabalho no mercado
formal.
Em carta
aberta divulgada no dia 6 de junho, quando foi feita a
leitura do relatório das atividades do Grupo de Trabalho que discute o tema na
Câmara dos Deputados, a CNC manifestou que o sucesso da reforma tributária
depende de um tripé fundamental, composto por alíquotas diferenciadas para o
setor de serviços, não cumulatividade plena e crédito para empresas do Simples
Nacional. A Confederação divulgou, em 7 de junho, posicionamento
reiterando que deve haver alíquotas diferenciadas não
apenas para segmentos específicos – o proposto inicialmente é que haja
distinção apenas para as áreas de saúde, educação e transporte público –, mas
para todo o setor de serviços.
A reforma tributária está em discussão no
congresso há mais de quatro anos e precisa avançar. A CNC se antecipou aos
cálculos oficiais e detectou um impacto de até 260% na carga tributária do
setor de serviços. Essa ampliação causaria uma elevação de mais de R$ 200
bilhões no recolhimento de impostos pelo setor terciário.
“A modernização do sistema tributário
brasileiro é um desejo antigo da sociedade, já que um terço das riquezas
produzidas no Brasil são destinadas ao pagamento de impostos”, pontua o
presidente da CNC, José Roberto Tadros. Ele pondera, no entanto, que a
substituição do atual sistema, que compromete a competitividade das empresas
brasileiras, não pode se dar às custas do setor de serviços e,
consequentemente, de milhões de postos de trabalho. “O Brasil não pode
prejudicar o setor que mais avança e que foi o primeiro a ajudar o País na
recuperação pós-pandemia, quando centenas de milhares de famílias enfrentavam o
luto e as enormes dificuldades provocadas pelo desemprego e altos índices de
inflação”, afirma Tadros.
Três a cada dez
trabalhadores poderiam ser demitidos
Nas últimas décadas, o setor de serviços tem
absorvido muitos trabalhadores que perderam seus empregos por conta da
automação da indústria e da agropecuária. Entre 2002 e 2021, a participação do
segmento na força de trabalho formal avançou de 35% para 59%. Mas a absorção do
custo com o aumento da carga tributária equivaleria a 29,9% de tudo o que as
empresas de serviços gastam com pessoal. “Na situação extrema na qual essas
empresas tivessem que neutralizar essa majoração para não comprometer
significativamente a saúde financeira das empresas do setor, três a cada dez
vagas formais no setor de serviços correriam risco de serem extintas”, explica
o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes.
Nesse sentido, explica o economista, se as empresas de serviços – as maiores empregadoras da economia – neutralizassem esse aumento exclusivamente pela via do emprego, a taxa de desemprego subiria para 12%. Ao atual contingente de 9,1 milhões de desempregados, se juntariam outros 3,8 milhões.
Confira aqui o estudo completo
Acesse o site reformatributaria.cnc.org.br
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