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Número de bares e restaurantes operando em prejuízo atinge o maior índice desde março de 2023

Levantamento da Abrasel indica piora na saúde financeira dos estabelecimentos, com 31% das empresas trabalhando no vermelho


Número de empresas operando em prejuízo atingiu o pior índice desde março do ano passado. Imagem: Freepik - Gente de Opinião
Número de empresas operando em prejuízo atingiu o pior índice desde março do ano passado. Imagem: Freepik

Pesquisa da Abrasel realizada em março acende sinal de alerta para o setor de bares e restaurantes em 2024. Ainda lutando para se livrar de dívidas acumuladas, 31% das empresas operaram no vermelho em fevereiro – pior índice desde março do ano passado. Além disso, outros 38% dos estabelecimentos trabalharam em equilíbrio e 31% tiveram lucro, o que representa uma queda de quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

Ainda segundo a pesquisa, três dos principais fatores responsáveis pelo desempenho negativo das empresas que operaram em prejuízo foram a queda das vendas no mês (76%), redução do número de clientes (66%) e custo de alimentos e bebidas (42%).

Quanto a inflação no setor, os estabelecimentos seguem com dificuldades de ajustar os preços do cardápio acima do índice geral: 19% reajustaram o cardápio abaixo da inflação; 35% reajustaram, mas somente para acompanhar a inflação; 37% não conseguiram reajustar os preços e apenas 9% reajustaram acima do índice.

"Os números recentes revelados pela pesquisa são preocupantes para o setor de bares e restaurantes. Com 31% das empresas operando no vermelho, enfrentamos desafios significativos. Em janeiro houve queda nas vendas, com ligeira recuperação em fevereiro por causa do carnaval, mas que não foi percebida como uma retomada pelos estabelecimentos. Além disso, a dificuldade em ajustar os preços do cardápio para recuperar perdas é um desafio adicional, junto com o alto endividamento, já que quase 40% do setor tem dívidas atrasadas”, diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

O presidente da Abrasel revela a construção de um plano para resgate do setor, em função dos problemas crônicos que persistem desde a pandemia: "contratamos um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai se aprofundar nas causas das dificuldades que o setor vem enfrentando, já propondo caminhos e medidas que podem ser tomadas para resolvê-las de vez. Esperamos poder apresentar estas propostas o mais breve possível às autoridades e à sociedade. Só com o trabalho em conjunto podemos retomar os trilhos", completa Solmucci.

A pesquisa indicou que 39% das empresas têm dívidas em atraso. Os impostos federais lideram a lista de pagamentos atrasados (72%), seguido de impostos estaduais (50%), empréstimos bancários (37%), encargos trabalhistas/previdenciários (29%), serviços públicos (29%), fornecedores de insumos (24%), taxas municipais (23%), aluguel (18%), fornecedores de equipamentos e serviços (11%), e empregados (5%).

Reforço da mão de obra

Apesar dos desafios enfrentados pelos estabelecimentos, um quarto dos empreendedores pretendem contratar no primeiro semestre do ano (25%); 51% vão manter o quadro de funcionários e apenas 16% devem demitir. A tendência é de que essas novas vagas visam suprir a alta demanda das duas datas mais rentáveis para o setor: Dia dos Namorados e Dia das Mães.

Dados recentes da PNAD – índice do IBGE que mede os empregos formais e informais no país – indicou que, só nos últimos três meses (dez-jan-fev), os bares e restaurantes geraram cerca de 70 mil novos empregos, com crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior. O resultado está na contramão do índice nacional, que apresentou redução de 0,3% no número de pessoas ocupadas.

 Clique aqui para acessar a íntegra da pesquisa.

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