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Economia

Novos negócios encaram o desafio de sobreviver à crise

Empreendedores avaliam oportunidades de mercado e se reinventam para continuar em funcionamento


Novos negócios encaram o desafio de sobreviver à crise - Gente de Opinião

O avanço da pandemia do novo coronavírus no país tem obrigado os empresários a repensar o modelo de negócio e inovar na maneira de chegar até os clientes. Essa realidade não é diferente para aqueles que abriram seus negócios recentemente e também foram surpreendidos com a crise. Além dos desafios diários, comuns a todo novo negócio, esses empresários têm que ter atenção redobrada na gestão da sua micro e pequena empresa. 

De acordo com o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Enio Pinto, é preciso que os novos empreendedores se adaptem rapidamente ao novo cenário. “Com a mudança de comportamento do consumidor na crise, muitos empresários vão ter que repensar como seu produto pode resolver o problema do cliente”, explicou.

Em Luziânia, município goiano localizado a 60 Km de Brasília, o microempreendedor individual Antônio Chaves busca alternativas para manter o negócio de venda e revenda de motos e peças. Depois de duas semanas com a loja fechada por determinação do governo, ele passou a alugar as motocicletas para comerciantes que começaram a realizar entregas na região. “Meu vizinho que vende bolo resolveu alugar uma moto para fazer entregas e eu percebi uma oportunidade de oferecer o serviço. Cobro pela diária e aos finais de semana, consigo alugar todas as motos”, contou. Na semana passada, ele voltou a reabrir a loja, após liberação do estado, e agora avalia as medidas anunciadas pelo Governo para manter o negócio. “Vou prorrogar o pagamento do Simples e tentar renegociar com o banco as parcelas de um carro”, afirmou.

A consultora de estilo Joice Rossi, que atende na capital paulista e na região do ABC, precisou repensar maneiras de atender os clientes depois de decretadas medidas para a prevenção do contágio da doença, com o distanciamento social e o fechamento de lojas. Há um ano, ela largou o cargo de gerente numa multinacional para se dedicar exclusivamente ao universo da moda, que sempre foi uma grande paixão. Como microempreendedora individual, ela fez o Empretec no final do ano passado para ganhar mais confiança como empresária, mas agora enfrenta dificuldades para fazer os atendimentos presenciais com os clientes que já tinham contratado o serviço.

“Parte dos clientes mais novos aceitou um atendimento online nesse momento para depois continuar para outras fases da consultoria de forma presencial, mas alguns preferiram pausar o serviço”, contou. Com a ajuda da internet, ela adaptou a consultoria para o ambiente online com encontros virtuais e com lojas parceiras oferece o serviço da “malinha” com peças de roupas selecionadas para os clientes. Diante do imenso desafio, também criou pacotes de serviços online para novos clientes e pretende disponibilizar o novo serviço nos próximos dias.

A empreendedora Ana Clara Gisbert, de Porto Velho, Rondônia, também enxergou oportunidades em meio à crise. Ela lançou o site oficial de seu empreendimento no varejo de calçados e acessórios, apostando no  e-commerce para manter o sucesso de sua marca, que em menos de um ano, registra  um rápido crescimento com abertura de franquias.   Ao apostar na plataforma de vendas online para atender a clientela confinada por recomendação médica, a lojista comemora a conquista de um novo público. “Nossa ideia era atender nossas clientes que são fieis ao conceito dos calçados e bolsas Dona Mocinha, mas conquistamos outros mercados”, festeja Ana Clara.

Equilíbrio nos negócios

O Sebrae recomenda que os donos de pequenos negócios avaliem cuidadosamente a gestão da empresa neste momento de crise e adotem medidas para manter o equilíbrio do fluxo de caixa, ajustes de custos e busquem renegociar com os credores. Além disso, para aquelas micro e pequenas empresas que continuam o atendimento, uma dica importante é proteger a saúde da equipe, com as medidas de prevenção da doença, uso de máscaras, luvas e álcool em gel. Outra recomendação é buscar novos canais de venda e não perder o contato com o cliente, pois muitas vezes, a necessidade de consumo pelo seu produto ou serviço permanece, sendo fundamental enxergar novas formas para chegar até o consumidor. O Sebrae disponibiliza um site exclusivo de apoio aos pequenos negócios no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Para conhecer clique aqui

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