Quarta-feira, 26 de março de 2025 - 18h05
Toda vez que se fala, ou escreve, que o governo,
qualquer governo em qualquer nível, aumenta os impostos, então, logo se é
acusado de criar notícias falsas, mas, não há como não se informar sobre o que
acontece na nossa economia, de modo que, quem analisa, não pode omitir o
constante, e gradativo, aumento dos custos dos bens e serviços. Agora mesmo
vamos ver que, a partir de 1º de abril e não é mentira, as compras em sites
internacionais ficarão mais caras.
É que dia primeiro entrará em vigor a nova alíquota
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passará de
17% para 20% para compras internacionais, uma decisão foi tomada durante a 47ª
Reunião Ordinária do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e
do Distrito Federal (Comsefaz), em dezembro de 2024. O governo justifica que é
para alinhar a tributação de importados com a do mercado interno, protegendo a
indústria nacional e garantindo empregos no Brasil, mas quem paga é o
consumidor na ponta, enquanto o governo arrecada mais. Com a nova alíquota de
20% mais o imposto de importação (e aqui nos parece existir claramente uma
bitributação) as compras ficarão, no mínimo, cerca de 34% mais caras, porém em
muitos produtos isto pode significar até 60% mais!!!
O efeito negativo não recai apenas sobre os
consumidores. Também terá efeitos, embora mais complexos, sobre as empresas. Se
é verdade que lojistas e fabricantes locais podem se beneficiar da medida, o
que, de fato, pode ajudar a indústria nacional, por outro lado são os pequenos
empreendedores e informais que revendem produtos importados ou dependem também
de insumos que sentirão o impacto. Com o custo subindo perdem margem de lucro e
atratividade, de vez que terão que repassar os custos mais altos para a
clientela, ou seja, terão sua demanda reduzida. Ou seja, há quem ganhe e quem
perca com a medida. É uma medida
protecionista? É mais a proteção irá pesar no bolso do consumidor e na vida de
muitos, em especial, pequenos empresários. Os importados mais caros e menos
atrativos, é certo, obrigam a comprar produtos nacionais sim. Agora nós,
consumidores, pagaremos mais caro e somos obrigados a comprar produtos da
indústria nacional que não conseguem competir e, muitas vezes, tem menos
qualidade.
Por estas razões, embora o governo venda a ideia de
que o que pretende é estimular a economia local e proteger a indústria isto é
realizado arrancando mais dinheiro do bolso do já sofrido consumidor e, a
cereja do bolo, aumentando a arrecadação de impostos. E também com uma quase
certeza econômica: o comércio vai diminuir. É a implacável lógica econômica de
um dado elementar do conhecimento econômico: a oferta e a procura. Como os
preços vão subir muito, no mínimo acima de um terço do preço atual, o consumo
tende a diminuir. E há ainda o risco de que os consumidores, sentindo o aumento
do custo de vida, com os importados subindo muito e considerando os produtos
nacionais serem mais caros ou não serão opções viáveis, que grande parte das
compras não aconteçam mais. De qualquer forma só há uma certeza inapelável e
não é mentira: as compras internacionais de importados ficarão mais caras a
partir de 1º de abril.
Fonte: Usina de Ideias.
Ilustração: G1-Globo.
Simpi soluciona custo de Energia para Pequenas Empresas, sem investimento inicial
Sim, você leu certo, acredite!Em um cenário de constantes aumentos nas tarifas de energia elétrica, os pequenos empresários enfrentam um desafio cada
Sebrae assina Pacto Brasil pela Integridade Empresarial com CGU
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Rondônia (Sebrae) promove uma cerimônia nesta quarta (30), às 9h, em sua sede em Porto Velho para
A capital de Rondônia encerrou com sucesso a edição 2025 do World Creativity Day – WCD (Dia Mundial da Criatividade e Inovação), que movimentou a ci
O projeto “Conexão Financeira”, iniciativa estratégica que visa ampliar o acesso ao crédito para micro e pequenos empreendedores em todo o estado, c