Sexta-feira, 26 de novembro de 2021 - 13h42

As restrições ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, que
paralisaram a economia por quase dois anos, afetaram terrivelmente o mercado de
trabalho, tanto é que hoje, mesmo com as crescentes medidas governamentais, que
já geraram mais de 1 milhão de empregos, as famílias ainda se ressentem da
perda de renda. Uma das consequências disto, foi que no ano passado em Rondônia,
o empreendedorismo feminino cresceu em 43%, segundo estimativas feitas pela
Consultoria Usina de Ideias. É um grande crescimento que tem seu lado negativo,
pois 90% dele se constitui de empreendedorismo por necessidade. Isso porque as
mulheres, e muitas vezes, seus maridos, estavam desempregados, o que levou as
mulheres começaram a empreender, de modo forçado, para sustentarem suas famílias.
A tendência é de crescimento do número de mulheres empreendedoras
A também empreendedora e influenciadora digital, Sofia Andrade,
analisando a questão, ressalta que “Este protagonismo das mulheres vem do fato
de que muitas delas, já eram empreendedoras naturais, e, que apenas não tinham
condições de demonstrar suas aptidões”.
Na opinião dela, o sucesso nos negócios é ainda mais difícil para
mulheres empreendedoras, pois elas, na maioria das vezes, crescem aprendendo a
lidar e a conduzir suas famílias, num duro processo de aprendizagem natural, e,
quando empreendem, usam todo esse conhecimento a seu favor, alcançando sucesso
em seus negócios.
No entanto, é preciso ver, que, em geral, além de enfrentar as
dificuldades de manter um negócio enfrentam também, uma dupla jornada: gerir o
negócio e não abdicar dos cuidados de casa”.
Para o professor de Economia da Universidade Federal de Rondônia, e
especialista em empreendedorismo e economia criativa, Silvio Persivo, a
presença feminina nos negócios “tende a se acentuar fortemente, inclusive
porque dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que empresas
que são comandadas ou lideradas por mulheres, têm melhor desempenho, bem como,
é marcante a maior presença de mulheres nas academias e universidades”. Para
Persivo, “Empreender no Brasil é muito complicado, é conviver com a incerteza. É
um ato de coragem, de paciência e de resiliência. De certa forma, por natureza,
as mulheres são mais otimistas em ambientes assim. Poucos homens não se abatem
quando as situações são muito estressantes. É uma realidade que as mulheres
reagem melhor até porque são mais capazes de expor seus problemas e de
colaborar”.
Para a empreendedora Sofia Andrade, que lembrou que falta ainda muita
atenção ao empreendedorismo feminino tanto que não houve quase nenhuma menção
ao Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, comemorando no dia 19 de
novembro. Segundo Sofia “Isto acontece porque o mundo dos negócios ainda é,
fundamentalmente, masculino. Basta ver que o empreendedorismo feminino, na sua
maioria, não é uma escolha. É, para muitas mulheres, a única opção quando não
possuem renda ou são demitidas quando têm filhos, ou não podem trabalhar por
não ter creche para deixar os filhos”.
E, com a experiência que adquiriu na sua própria trajetória quando
resolveu montar um negócio afirmou: “Penso que as mulheres empreendedoras
precisam ocupar mais espaços de liderança no setor produtivo e na sociedade em
geral. A importância de a mulher ser empreendedora está tanto no seu sucesso
pessoal como no exemplo que dá para as outras mulheres”. De certa forma toda
mulher de sucesso nos negócios, para ela, de alguma forma, contribui para
romper padrões na medida em que ser proprietário ou executivo de empresas
ainda, na nossa sociedade, é visto como um lugar masculino.
Finalizando, afirma que da mesma forma como as mulheres precisam
conquistar seus espaços no mundo dos negócios, precisam de forma definitiva
participar ativamente da política e da gestão pública.
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