Segunda-feira, 27 de junho de 2011 - 17h09
O 1º Fórum de Discussão de Educação de Surdos reuniu professores, estudantes, intérpretes, pais de alunos e pedagogos nesta segunda feira, no auditório da Escola Estadual Major Guapindaia, em Porto Velho. O encontro foi promovido pelo Núcleo de Concentração de Especialistas da Subgerência de Educação Especial do Governo do Estado, com a intenção de se discutir a inclusão dos alunos portadores de deficiências auditivas na chamada rede regular.
A exclusão gradativa das escolas de educação especial foi o tema mais abordado durante o encontro. A mudança vem ocorrendo em todo o País por iniciativa do Ministério da Educação (MEC), e determina que alunos com deficiências auditivas ou visuais passem a frequentar as aulas nas salas de aula junto com estudantes que não possuem deficiências.
Em Porto Velho, a rede municipal atende 22 alunos surdos e outros 30 com alguma perda auditiva, todos já no processo de inclusão defendido pelo MEC. O Programa de Educação Inclusiva iniciou em 2004, e ganhou continuidade a partir do ano seguinte, já na administração do atual prefeito Roberto Sobrinho. Em 2006, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) criou a Divisão de Educação Especial, hoje responsável pela capacitação de professores para atuar com crianças deficientes.
Capacitação
Segundo a chefe da Divisão de Educação Especial da Semed, Conceição Azevedo, mais de 3 mil professores municipais já foram capacitados desde o início do programa. Outro projeto desenvolvido no setor foi a implantação de salas de recursos multifuncionais em 22 escolas, onde ocorre um trabalho considerado complementar à educação. No horário contrário às aulas, alunos portadores de deficiências trabalham habilidades especiais como a linguagem de libras ou braile. “São desenvolvidas práticas que o professor na sala comum não dá conta”, explica Conceição. Segundo ela, os professores capacitados nos cursos ligados à educação especial se tornam multiplicadores nas suas escolas. Além das 22 instituições educacionais do município onde as salas já funcionam, outras 15 estão sendo implantadas em diferentes escolas. Uma equipe itinerante da Semed visita as escolas prestando assessoria e orientação sobre a educação especial, e também promovendo oficinas com os educadores que atuam na área.
Discussão
Durante o encontro desta segunda feira, entidades como a Associação de Pais, Professores e Intérpretes de Surdos (Appis) e a Associação de Surdos de Porto Velho (Aspvh), discutem as mudanças promovidas pelo MEC, extinguindo as escolas de educação especial. Segundo Julia Cardoso, da Appis, apenas duas escolas na Capital se mantém no modelo antigo, com salas especiais frequentadas apenas por alunos com deficiências, a própria Major Guapindaia e a 21 de Abril, ambas estaduais. Para ela, a integração entre deficientes e não-deficientes estudando no mesmo espaço provoca um choque de cultura que pode ser prejudicial no aprendizado. “O elo de comunicação com outros alunos e até com os professores fica complicado”, esclarece.
A professora Uliane Santos, da Aspvh, deficiente auditiva, também discorda do processo de inclusão. “A intenção do MEC com isso é de apenas economizar. Sai mais barato fechar as escolas especiais”, explicou.
Fonte: Róbinson Gambôa
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