Quarta-feira, 5 de junho de 2013 - 12h59
Durante três semanas de temporada em oito apresentações, o espetáculo teatral Lete, trabalho de estreia da Beradera Companhia de Teatro, levou centenas de espectadores a Praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho. Retratando fatos históricos que marcaram a formação cultural e social da região, a montagem levou o público a uma reflexão sobre os impactos do desenvolvimento em uma comunidade.
As histórias fictícias de Lete, livremente inspiradas em Porto Velho e no distrito de Jacy-Paraná, duas localidades que sofreram grande influência com a instalação das usinas hidrelétricas do Madeira, levaram o público a uma viagem no tempo, na época da construção da ferrovia que deu origem a Porto Velho, passando pelo período do garimpo e chegando ao mais recente ciclo migratório, o das usinas.
“Fui assistir Lete imaginando ser uma peça focada em criticar as obras das usinas em Rondônia, mas me surpreendi positivamente quando percebi nos diálogos e cenas a pesquisa histórica que foi feita”, avalia a jornalista Larissa Tezzari, diretora e produtora do documentário “História de Migrantes”, que conta a trajetória de migrantes que vieram para o estado a partir dos anos 1980.
O resultado positivo foi fruto de meses de pesquisa histórica para a construção do texto, aliado as experiências de vivência do grupo juntos a comunidades ribeirinhas e do contato com os personagens reais, que viveram e vivem a história de perto, o que trouxe riqueza e veracidade aos personagens da montagem. “A peça revive os momentos que foram fundamentais na construção e na colonização do Estado. Lete é uma aula de história regional, com toques de humor e senso crítico na medida”, finaliza a jornalista.
Inicialmente projetado para ser apresentado dentro da estrutura de um teatro, o espetáculo teve que ser adequado, ganhando ares de teatro de rua, devido a falta de espaços para apresentação – que, em sua maioria, se encontravam fechados por determinação do Corpo de Bombeiros. Situação que não desanimou a produção do espetáculo, nem mesmo o público, que respondeu positivamente ao chamamento e compareceu em peso para as apresentações realizadas na Praça da Madeira-Mamoré, tendo o Rio Madeira e o galpão histórico da ferrovia como cenário.
Para Rodrigo Vrech, diretor e dramaturgo, mesmo com as dificuldades, a temporada de Lete foi um sucesso, tendo como ponto alto a proximidade com o público de uma maneira espontânea que, para ele, talvez não se deslocasse até um teatro para assistir ao espetáculo. “E ainda tivemos a possibilidade de apresentar este trabalho sobre a história da cidade dentro do sítio histórico da Estrada de Ferro e às margens do Rio Madeira”, ressalta Vrech.
O espetáculo Lete foi uma realização da Beradera Cia de Teatro, Associação Trilhos Culturais, Azagaia Núcleo de Criações, vencedor do Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2012 para montagem cênica, promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), com o apoio do Ministério da Cultura (Minc). Rodrigo Vrech assina o texto e direção da montagem; o elenco é formado pelos atores Andressa Silva, Gisele Stering, Raoni Amaral e Yuri Brugnari; a trilha sonora original foi composta pelo músico Bado, com a participação de Bira Lourenço e David Castro; o cenário, iluminação e direção musical são do próprio grupo; arte de Moisés Costa; figurino de Einstein Berguerand; e assessoria de imprensa de Folk produções.
Fonte: Ascom
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