Sexta-feira, 14 de março de 2025 - 11h44

E se a fome fosse um sistema? Se a miséria não
fosse um acidente, mas um projeto? "Planeta Fome" não é apenas um
filme – é um grito. A animação rondoniense dirigida por Édier William parte de
um dos episódios mais chocantes da história recente do Brasil: a fila dos
ossos, onde famílias inteiras disputavam restos descartados por açougues para
matar a fome durante a pandemia.
Agora, essa história ganha vida (e impacto)
através da animação, um formato que, longe de suavizar a narrativa, a torna
ainda mais brutal e inesquecível.
"NÃO QUERO QUE AS PESSOAS APENAS ASSISTAM, QUERO QUE ELAS SINTAM"

A trama acompanha Ivani, uma mãe solo que perde o emprego e, junto com seu filho Lucca, de apenas 8 anos, é empurrada para a miséria. O que começa como uma luta diária por trabalho e dignidade se transforma em uma jornada de desesperança, onde, dia após dia, mãe e filho perdem tudo: o lar, os móveis, as refeições, até restarem apenas um ao outro.
"Eu queria que o filme doesse. Que quem assistisse saísse com um nó na garganta. A fome não pode ser ignorada, e eu não quero que essa obra passe despercebida", afirma Édier William, diretor e roteirista do filme.
O roteirista ainda diz que "A fila dos ossos não é ficção. Ela aconteceu e vai continuar acontecendo se a gente não falar sobre isso. Esse filme é um lembrete incômodo da realidade que muitos preferem não ver."
TRILHA SONORA: DA AMAZÔNIA AO SILÊNCIO DA FOME
“Planeta Fome”, que se passa em 2125, tem uma trilha sonora que é uma peça fundamental da experiência sensorial do filme. Criada por Tullio Nunes, a composição inicia com sons amazônicos, evocando uma conexão entre o planeta e a natureza, mas na primeira cena em que a cidade cinza se manifesta na tela, os instrumentos que remetem à floresta desaparecem, sendo suprimidos por uma ambientação sonora opressiva e minimalista.
Segundo Édier William essa abordagem sonora faz com que a fome seja sentida não apenas pela imagem, mas também por todos os elementos inseridos dentro da obra.
O CINEMA RONDONIENSE

O filme foi realizado por meio do Edital 001/2023 - Funcultural, Lei Paulo Gustavo, criado para apoiar artistas do audiovisual após o impacto da pandemia. Para Édier, "Planeta Fome" é uma oportunidade de contribuir significamente para o desenvolvimento da sétima arte em Rondônia.
"O audiovisual rondoniense está vivendo um momento incrível. Produzir esse filme aqui, com a nossa identidade é motivo de muito orgulho. 'Planeta Fome' não é só um filme, é um manifesto."
Com um tema tão urgente e uma abordagem artística delicada "Planeta Fome" promete ser uma animação impactantes.
SERVIÇO:
Exibição
Data: 15 de abril de 2025
Horário: 20h
Local: Espaço Tapiri: Cinema da Floresta – Rua Franklin Tavares, 1353, Porto Velho-RO
Entrada gratuita
Sobre o filme
Título: "Planeta Fome"
Gênero: Drama, Animação
Roteiro e Direção: Édier William
Direção de Arte e Animação: Luan Ott
Direção de Produção: Sabrina Bandeira
Trilha Sonora: Tullio Nunes
Produção: Zenital Produções
Duração: 15 minutos
Projeto contemplado no Edital 001/2023 - Funcultural, Lei Paulo Gustavo
Sábado, 20 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Documentário “Saberes Nambiquaras” é exibido em Vilhena e Pimenteiras do Oeste
O curta-metragem documental “Saberes Nambiquaras: Tradição Cultural na Produção da Chicha e Beiju” foi exibido gratuitamente em escolas de Vilhena (

O Pontão de Cultura Raízes Amazônicas: Celebrando a Diversidade Cultural, coordenado pela Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvim

Cantata de Natal reúne alunos e comunidade na Biblioteca Francisco Meirelles
Aos 16 anos, Rafaela Oliveira carrega no violino muito mais que notas musicais. Aluna do CMACE Jorge Andrade há dois anos, ela encontrou na música um

AJEB RO presente no lançamento da Coletânea Vozes Libertas em Minas Gerais
A força da palavra feminina ganhou destaque no recente lançamento da Coletânea Vozes Libertas – As mulheres falam e o mundo escuta, obra coordenada
Sábado, 20 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)