Terça-feira, 27 de outubro de 2009 - 19h29
Quinta feira próxima, um grupo de cantores mirins se apresenta no Teatro Banzeiros. As crianças de Nazaré.
Descobertos pela entidade, Carlinhos Maracanã, o grupo recebeu elogios rasgadas de Gabriel o Pensador e já se apresentou em Brasília, levado pelas mãos da Senadora Fátima Cleide.
É um daqueles exemplos do que pode fazer a juventude quando recebe estímulo dos órgãos culturais e apoio familiar.
Segregados da violência urbana, em razão de estarem longe do burburinho da Capital, as crianças desenvolvem suas atividades normais junto à atividade musical e seguem a vida como jovens respeitados pela comunidade e aplaudidos por onde passam.
No caso em questão, nenhuma política pública os levou ao ponto onde estão e isso só nos faz pensar no valor da família na condução dos seus filhos.
Ontem me deti aqui sobre a juventude de Porto Velho, seus valores e sua cultura na maioria das vezes importada e assumida com cultura local.
Ontem vimos duas matérias sobre duas escolas públicas que buscam resgatar valores como cidadania, patriotismo, cultura e lazer.
Cabe muito mais aos pais que aos governantes ou agentes públicos cuidar para que a juventude tenha uma vida pautada por valores morais e isso começa em casa.
Ontem à noite conheci uma história terrível, um menor de idade se propõe assumir um homicídio para livrar um colega que já atingiu a maioridade penal, por saber que sua pena acabará no próximo mês de novembro, quando estará livre após completar os dezoito anos de idade.
É isso que prevê o ECA. É isso que irá acontecer. Desta vez pelo menos, a lei irá beneficiar o infrator. É hora de pensarmos sobre o assunto.
As leis devem ser gerais. Tanto para os bons meninos de Nazaré quanto para os menores que escondem maiores que atuam no tráfico de drogas.
Claro que uma discussão sobre o ECA receberá ataques e defesas dos dois lados, mas é para isso que a discussão se instala. E a sociedade não deve deixar de participar.
Fonte: Léo Ladeia
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