Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 - 12h08
Sob coordenação de ativistas pelo patrimônio histórico de Porto Velho, será realizado no próximo dia 24 de janeiro, data comemorativa de instalação do Município, o II abraço nos galpões da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. De acordo com a organização, no ano passado mais de cinco mil pessoas passaram pela “praça do trem” para prestigiar o evento e fazer o seu manifesto no ano passado.
Ocampo Fernandes, museólogo e coordenador geral do evento, explica que nossa história tem sido motivo de tristeza nesses últimos anos, pois as organizações não governamentais e os públicos nada têm feito para preservar e valorizar o patrimônio e o acervo histórico que a Capital possui. “A Estrada Madeira Mamoré é o nosso principal expoente turístico e se encontra neste estado deplorável de conservação, nem policiamento ostensivo têm sido disponibilizado para dar segurança aos visitantes. As pessoas vão ao lugar com receio de ser assaltadas, pois lá se tornou ponto frequente de venda de drogas”, denuncia o ativista.
A Madeira Mamoré nasceu no meio da floresta amazônica, num lugar inóspito e inabitado por vida civilizada, no final do século 18, e atraiu trabalhadores do mundo inteiro, que vieram em busca de oportunidade financeira na época do ciclo da borracha. Com o final deste ciclo anos depois, foi desativada pelos fundadores ingleses e americanos e muitos trabalhadores ficaram por aqui e assim, Porto Velho foi ganhando massa popular até ser fundada como Município, no ano de 1912.
Recentemente os galpões foram inundados pela enchente, chegando a ficar mais de 50 dias com a água a mais de dois metros do nível do solo. Ocampo Fernandes explica que mesmo com incansáveis avisos preventivos, a administração municipal e estadual não tomou as precauções e grande parte do acervo do museu que fica dentro dos galpões foi danificado. “Uma grande perda de nossa história, e para futuras gerações, pois nós corremos o risco de ser uma terra sem memória, sem autoestima e sem identidade. Imaginem vocês, se não houvesse essa construção da Madeira Mamoré, talvez esse lugar chamado Porto Velho, Capital de um Estado, nem existisse. A cidade de Jí Paraná talvez fosse a capital de Rondônia hoje, e nós, talvez nem existíssemos aqui nessas terras do Rio Madeira, com essa bela paisagem e esse lindo pôr do sol”, desabafa Ocampo.
DOMINGO – DIA DO EVENTO
O evento inicia às 14 horas, com shows artísticos e musicais com cantores e bandas autorais, depoimentos de moradores antigos e historiadores, danças, sorteio de passeios de barco pelo Rio Madeira, e o manifesto às 17 horas, com o abraço nos dois galpões. “O Movimento Popular Madeira Mamoré convoca e convida toda a população para participar desse ato no domingo, pois se não levantarmos essa bandeira agora, talvez nos próximos anos seja tarde demais. Venha e abrace junto com a gente essa causa. Sua presença é que vai gritar socorro para as autoridades”, frisa Marklin Cantanhêde, um dos coordenadores.
A programação se estende até às 19 horas.
Fonte: Géri Anderson
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