Quarta-feira, 19 de março de 2014 - 12h08
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), através da Superintendência em Rondônia, retomou na primeira quinzena de fevereiro o projeto de estabilização das ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, monumento militar instalado no município de Costa Marques/RO. Os trabalhos dão continuidade às atividades iniciadas em 2007, prevendo ações para 2014 e 2015.
O Real Forte Príncipe da Beira é uma fortaleza militar do final do século XVIII, tido como uma das maiores construções portuguesas fora de Portugal. Erguida em plena floresta amazônica, é considerada uma das mais desafiadorasconstruções realizadas no final de 1700 no Brasil. Sua importância para a história do país e para a formatação do atual território nacional foi reconhecida por meio do tombamento no ano de 1950.
A equipe de trabalho, integrada pela a engenheira do Departamento de Patrimônio Material (DEPAM) da sede do IPHAN em Brasília/DF, Renata Ceridono Fortes e pelo superintendente substituto do Iphan em Rondônia, DaniloCurado, realizou uma vistoria técnica no Forte no último mês de fevereiro.
Para o superintendente substituto do IPHAN em Rondônia, Danilo Curado, o Instituto pretende acordar parceria técnica com o Exército, procurando viabilizar o escoramento das ruínas das edificações intramuros.“Esta é uma demanda emergencial, pois diversas paredes se encontram em desaprumo.Desta maneira, conforme os contatos iniciais com o então comandante da 17ª Brigada, General Ubiratan Poty, o Exército poderá cedero madeiramento e disponibilizara mão-de-obra para a execução do referidoescoramento e, por sua vez, contar com acompanhamento e orientação técnica do IPHAN”, afirma Curado.
Após o escoramento emergencial, ação provisória de apoio às estruturas e elementos que apresentam riscos de perda do Bem, deverão ser executadas as obras de estabilização de uma das edificações. “Considerando as dificuldades logísticas inerentesà localidade do Forte, e conforme diretrizes já apresentadas por outros técnicos no passado, e que hoje ainda entendemos ser uma forma de darmos continuidade no projeto, a propostaé a de iniciarmos com uma obrapiloto, a qual servirá de parâmetro para a própria execução dos trabalhos, bem como para a apropriação dos custos e especificação técnicadestes serviços”, assevera Ceridono.
Para o superintendente substituto do IPHAN em Rondônia, é necessário que ocorram parcerias em prol do monumento. “O Forte Príncipe da Beira não é tão somente um baluarte setecentista. Ele é a representação material dos esforços hercúleos que brasileiros, africanos e europeusdispuseram na Amazônia. Se a quase duzentos e cinquenta anos após sua fundação, nós sentimos hoje a dificuldade de trabalharmos no Forte, é peremptório que reconheçamos todo o suor e sangue empilhado naquelas muralhas de tapiocanga. Para tanto, tal reconhecimento decorre da retomada das atividades no patrimônio”, finaliza Curado.

O monumento
O Forte Príncipe da Beira é uma fortaleza composta de uma muralha de aproximadamente 980 metros de perímetro, erigida em taipa de formigão e protegida por cortinas de pedra tapiocanga aparelhada. Cercado por muralhas que medem 10 metros de altura, a fortaleza é basicamente constituída por uma praça central, onde existem as ruínas de quinze prédios.
Além do tombamento pela União, o Forte é tombado como patrimônio do Estado de Rondônia, sendo reconhecido por meio da Constituição estadual de 1989, artigo 264. Por se encontrar dentro de área militar, a responsabilidade fundiária compete ao Exército Brasileiro.
Fonte: Ascom / Foto Danilo Curado
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