Sexta-feira, 11 de abril de 2008 - 22h43
Depois dos distritos da BR 364, das comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira a equipe do Festcine Amazônia Itinerante seguiu para a cidade de Guajará-Mirim onde participou e deu início as comemorações do aniversário do município. Os filmes e vídeos foram exibidos no Estádio João Saldanha cujas arquibancadas e cadeiras ficaram lotadas, marcando desta forma mais uma noite de sucesso para o Festival.
Segundo Fernanda Kopanakis o ponto alto da sessão aconteceu quando da exibição dos documentários, Maria dos Índios, de Rogério Moraes e A Ferrovia do Diabo, filme dirigido por Simon Plum. “Filhos e netos de antigos ferroviários se emocionaram relembrando os relatos dos parentes, o auge da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré assim como as muitas histórias das viagens que ligavam as cidades da ferrovia. Realmente um momento especial e emocionante”.
“Ficou explicito para nossa equipe a necessidade de resgate e de preservação deste patrimônio material e emocional da Ferrovia estampada nos olhares, rostos e comentários do público durante a exibição do documentário sobre a Estrada de Ferro e que também elogiaram a iniciativa do Festival, que teve o apoio da prefeitura local e do comitê binacional Brasil-Bolivia”, complementou Fernanda.
O evento contou com a presença do prefeito Dedé de Melo que deu as boas vindas para a equipe do Itinerante e afirmou que o Festival ajuda a resgatar a história e a memória do povo de Rondônia.
Depois de Guajará-Mirim, a itinerância seguiu caminho para Guayara (Bolívia) onde foi dada continuidade as sessões de filmes e vídeos. Tivemos o apoio das escolas e da prefeitura assim como do produtor local, o professor universitário chamado Abrão. O evento foi realizado no Palácio das Artes, local bonito e que estampa em fotografias e material bibliográfico a memória de artistas, professoras, poetas, músicos, jornalistas, advogados e outros da região do Beni.
Em Cachuela Esperanza, cidade que fica na selva fechada foi construída por Dom Nicolas, seringalista e um dos maiores "visionários capitalistas” da época da borracha. O festival foi exibido no Teatro feito por Dom Nicolas. “A cidade é cinematográfica e as corredeiras do rio Mamoré são impressionantes. Há certa indignação na localidade com relação ao projeto de se construir uma hidrelétrica nessa região. A cidade é tombada pela Unesco como patrimônio mundial”.
De acordo com Carlos Levy – “A sala de exibição estava lotada durante a sessão e muitos dos presentes jamais tinham visto uma tela de cinema. Quanto mais distante e desprovido a localidade mais parece que o cinema e essa itinerância fazem sentido”.
Na cidade de Riberalta o Itinerante contou com o apoio da prefeitura local através da secretaria de educação e meio ambiente. Os filmes e vídeos foram exibidos num Coliseu (estádio) e estava também lotado por estudantes e comunidade local. “A receptividade foi muito boa. Assim como a ida, o retorno foi uma aventura também. Ficamos dois dias aguardando a liberação da Marinha para a travessia ao Brasil pois o Rio Mamoré não apresentava condições de segurança para o transporte dos carros”, explicou Jurandir Costa.
O Itinerante iniciou a terceira etapa da jornada cultural desde a última quinta-feira (10 de abril) em Ariquemes no Centro Cultural de Ariquemes. Na sexta-feira a equipe seguiu para Ji-Paraná onde realizou exibições no Teatro Dominguinhos. No sábado a itinerância se apresenta no Teatro Cacilda Becker, em Cacoal. Domingo (13 de abril) é a vez de Vilhena (Colégio Álvares de Azevedo). Na próxima sexta-feira (28 de abril) o Festival chega a Rio Branco (Acre) para sessões na Biblioteca da Floresta Marina Silva.
O Festcine Amazônia Itinerante conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Petrobrás através da Lei Rouanet, tem ainda o apoio da senadora Fátima Cleide, deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Unir, Secel e Prefeitura de Porto Velho.
Fonte: Ascom - Festcine Amazônia Itinerante
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