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Cultura

Conheça o trabalho de artesãos escolhidos para expor obras na Copa


 

Para 95 artesãos brasileiros, a abertura da Copa do Mundo transcende, e muito, a expectativa gerada em torno da equipe de Luiz Felipe Scolari. Para eles, o Mundial será o momento de amplificar a projeção de seus trabalhos. Selecionados no edital Vitrines Culturais, do Ministério da Cultura, eles terão suas obras expostas e colocadas para comercialização em sete das 12 cidades-sede do Mundial: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Manaus.

A lista de contemplados inclui desde representantes da cultura kaingang, no Sul do País, até artesãs de Nísia Floresta, no interior do Rio Grande do Norte. Em comum a todos, o valor simbólico e estético e a expressão de valores culturais brasileiros. As exposições vão ocorrer na Fan Fest em Belo Horizonte (Expominas) e em São Paulo (Vale do Anhangabaú).

No Rio de Janeiro, o espaço será no Parque das Ruínas. Em Recife, na Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura. Na capital gaúcha, na Usina do Gasômetro. A Biblioteca Pública da Bahia será o palco em Salvador. Em Manaus, no Paço da Liberdade. A previsão é de que as exposições ocorram entre 12 de junho, dia da abertura, e 13 de julho, data da final do Mundial.
 

Minas Gerais

Crochê “impresso” na argila

O Ateliê de Cerâmica Tauariê Objetário, de Belo Horizonte, inscreveu seis peças no Vitrines Culturais e aprovou três: O  Divino Divino, o Porta Guardanapo e a Xícara para Café. As peças são feitas pelas amigas artesãs Rita Scaldaferri, Paula Souza Dias e Liège Mendes. Uma completa a ideia e o trabalho da outra, e o resultado é sempre um artesanato que resgata a cultura de Minas.

Para fabricar as peças e dar o formato desejado, as artesãs usam argila amassada com as mãos.  A decoração é feita com crochês que elas ganham de amigas. O tecido é fixado na argila, ainda mole, e quando é retirado, fica marcado na cerâmica. Tudo vai ao forno a uma temperatura de 1.200 graus e por último vem a parte mais sofisticada, que é a pintura do objeto e de cada detalhe marcado pelo crochê.

Fotos: Fabricio Faria/Portal da Copa

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Rita Scaldaferri, Paula Souza Dias e Liège Mendes e as obras aprovadas no Vitrines Culturais

Todo esse processo de produção, que envolve o derretimento, secagem e pintura da argila, pode levar até 20 dias. Para a exposição durante a Copa do Mundo, elas enviaram 150 peças.

As artesãs estão no mercado há mais de 15 anos. Além de exposições em Belo Horizonte, já enviaram peças para Diamantina, Rio de Janeiro e São Paulo. No ateliê, são cerca de 50 tipos de artigos diferentes e em 2013 elas produziram um total de 700 peças. Em 2014, o número pode passar de 1.400, em função da oportunidade de expor na Fan Fest da Copa.

“É uma oportunidade única para nós. Sem o Vitrines Culturais, o máximo que conseguiríamos atingir seria Minas, Rio e São Paulo, porque não teríamos estrutura para expor em locais mais distantes. É uma grande oportunidade expor em várias cidades diferentes de diversas partes do país. Esperamos uma extensa divulgação do nosso artesanato”, afirmou Paula Souza Dias. (Fabrício Faria, do Portal da Copa em Belo Horizonte (MG)

 

Cuiabá

Traços da etnia Umutina

Um dos estados com maior concentração de indígenas do país (aproximadamente 40 mil), o Mato Grosso terá na cultura da etnia Umutina a representação no Vitrines Culturais. Natural de Novo Brasil (GO), mas radicada em solo mato-grossense desde os 13 dias de vida, Neulione Alves Gomes, 43, foi a única representante do estado selecionada.

Com duas décadas de experiência, ela reside há 15 anos numa aldeia da etnia Umutina e tem na cultura indígena a fonte de inspiração. Observadora, ela conta que trabalha com diferentes tipos de artesanatos. “Semente, coco, osso, madeira, pena. Tudo o que o artesão indígena faz, eu faço”.

Fotos: Divulgação

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Para o Vitrines Culturais, foram escolhidas quatro peças: um cocar Umutina (adereço tradicional da etnia), um leque de pena e duas cerâmicas, uma de onça e outra de tamanduá. O preço das peças varia de R$ 10 a R$ 50.

Mesmo já tendo participado de grandes exposições – como uma no ano passado em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) –, Neulione ficou surpresa com a notícia de que havia sido selecionada. “Não imaginava que, dentre tantos grandes artesãos e artistas, as minhas peças fossem as escolhidas. Foi uma grata surpresa”, diz. A aldeia onde ela reside com o marido indígena se localiza no município de Barra do Bugres (a 130 quilômetros de Cuiabá). Helson França, do Portal da Copa em Cuiabá (MT)
 

Divulgação
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Curitiba

As Marias do Ingá de Maringá

Bonecas de argila modeladas e pintadas a mão, as Marias do Ingá, criação da paranaense Joseane Bornelli, de Maringá (PR), representam a história e a cultura da região. “Modelamos as bonecas, depois elas ficam secando por um período de sete a dez dias. Em seguida, vão para a primeira queima em um forno próprio para cerâmica. Depois, passam pelo processo de pintura que pode ser com tinta em PVA, a base d´água, ou tinta vidrada. Por fim, as bonecas são levadas ao forno novamente a uma temperatura de quase mil grausº”, explica.

Depois de prontas, as Marias do Ingá são comercializadas em feiras promovidas pelo município e em lojas de artesanato. Os valores das bonecas variam de R$18 a R$180.

“Nossa produção é limitada por se tratar de um produto totalmente artesanal. Geralmente fazemos 20 peças ao mês”, explica a artista plástica.

A história do nome da cidade paranaense teria começado na cidade de Pombal, no interior da Paraíba, numa ruazinha coberta por ingazeiros. Maria do Ingá era filha de retirantes, dona de uma beleza encantadora, pele morena, olhos e cabelos negros. Maria do Ingá teria chegado com a família ao interior do Paraná para uma área que começava ser colonizada. O sucesso da beleza da moça era tanto que a junção de Maria do Ingá deu origem a Maringá. (Angelo Binder, do Portal da Copa em Curitiba (PR)

Fortaleza

Do mestrado ao artesanato

A professora Katia Cilene Ribeiro Lopes, de 45 anos, navegava no site do Ministério da Cultura em busca de um mestrado em artes. A ideia era aliar as duas paixões: a licenciatura e o artesanato. “Estava procurando o curso quando vi o link do Vitrines Culturais. Fui uma das últimas a mandar o material”, conta ela, que vive na cidade de Ocara, a 101 quilômetros de Fortaleza. Foi uma das seis cearenses aprovadas. 

Kátia apresentará esculturas, maquetes, fantoches (mamulengo), animais em cabaças e placas de informações (letreiros). “É muito importante levar o artesanato cearense para outros lugares. E tenho curiosidade também de ver o que estão produzindo nos outros estados”, afirma.

Formada em letras e professora na rede municipal de Ocara, ela conta que, por falta de tempo, dedica-se ao artesanato integralmente só aos sábados e domingos. Mas a atividade já passou de um hobby. “Faço muitos projetos para escolas ou quando me pedem encomendas”, conta.

Fotos: Divulgação

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Já a artesã Maria Mirian Nunes, de 50 anos, de Cascavel, apresentará o tradicional forró pé-de-serra cearense com a obra Forró bodó: casal dançarino, violeiro, zabumbeiro e sanfoneiro em movimentação. “Foi uma conquista grande porque muita gente, do Brasil inteiro e de fora, vai ver a peça”, disse ela, que vende a obra a R$ 40 em feiras livres e no mercado central de Cascavel. (Thiago Cafardo, do Portal da Copa em Fortaleza (CE)

Natal

A tradição dos bilros de Nísia Floresta

Divulgação

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A 30 km de Natal e com população de pouco menos de 24 mil habitantes, o município de Nísia Floresta tem como uma de suas riquezas o artesanato. Seis artesãs de lá tiveram as peças selecionadas pelo Vitrines Culturais. Elas criaram rendas de bilro, um tecido delicado costurado manualmente com “pauzinhos”, que são os bilros, em uma espécie de almofada. Delma Freire, de 54 anos, criou dois vestidos, uma blusa e duas toalhas de mesa. “Vai ser muito bom porque ajudará a divulgar nosso trabalho e pode gerar um dinheiro extra no final do mês. É um reconhecimento e fazemos tudo com felicidade”, conta a artesã, que terá as cinco peças expostas em Manaus.

Simone Alves também trabalha no ramo e, assim como Delma, integra a associação de rendeiras de Nísia Floresta. Aos 45 anos, ela começou a fazer renda de bilro aos sete, por influência familiar. “Sempre fui curiosa e vendo minhas avós, mãe e tias, aprendi, gostei e faço até hoje”, relata.

Ela produziu 10 vestidos para o Vitrines Culturais e terá o material sendo visto e comprado por turistas em Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.  “Já fazíamos as peças para o mercado regional, para turistas que vinham ao Rio Grande do Norte, mas agora todo mundo vai ficar sabendo do nosso trabalho e isso pode gerar pedidos até de outros países”, afirma Simone. (Paulo Victor Correia, do Portal da Copa em Natal (RN)

Porto Alegre

Cestos simbólicos da cultura kaingang

A cultura kaingang será uma das representações indigenistas no Vitrines Culturais. O público irá conhecer dois formatos de cestos: o Kainrú, uma bandeja redonda de taquara, confeccionada por Iracema Nascimento, 51 anos; e o Der Rhor Thej, no formato de um canudo comprido, feito pelo companheiro dela, João Carlos Padilha, 65.

Foto: Divulgação
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Para participar do Vitrines Culturais, eles receberam o auxílio do mestrando em antropologia cultural Herbert Hermann. O casal, formado há cerca de 20 anos, vive na comunidade do Jarí, em Viamão, na divisa com a capital gaúcha. Ambos moram ali depois de deixarem seus locais de origem – ela na área indígena de Nonoai, no norte do Estado, e ele na comunidade da Borboleta, na região noroeste.

Com o artesanato, comercializado em espaços como o Brique da Redenção, tradicional ponto de encontro da capital gaúcha aos domingos, eles ganham dinheiro para o dia-a-dia e, em troca, levam aos povos de outras etnias alguns de seus conceitos. “Os kaingang têm em seu modo de vida o manejo de certas plantas, entre elas os cipós e as taquaras. A produção de artesanato com essas fibras permite seu sustento e o viver deles na Ymã Mág – Aldeia Grande, correspondente à cidade”, explica o antropólogo.

Os cestos dizem muito sobre os kaingang. Na perspectiva deles, o mundo pode ser classificado em duas metades, chamadas de Kainrú e Kamé, que estabelecem uma relação de oposição e complementaridade. Kainrú e Kamé são irmãos mitológicos que criaram "os seres da natureza", as regras de conduta e a forma como as metades deveriam se relacionar. “Os seres, de um modo geral, apresentam marcas (físicas e comportamentais) que são cabíveis de identificação, Kainrú corresponde a redondo, agíl, leve, etc; enquanto Kamé equivale a risco/comprido, vagaroso, pesado, etc. Quando eles produzem seu artesanato acabam por manipular as marcas para criar peças que sejam identificáveis como Kainrú ou como Kamé”, diz Hermann.

Conforme João Padilha, as peças produzidas para o Vitrines Culturais não servem apenas para guardar coisas, mas permitem que os mais jovens adquiram conhecimento, os mais velhos exercitem sabiamente o viver bem e ajudam no relacionamento com os não índios.  O processo de fabricação envolve informações sobre as plantas, a mata, as formas de trançado, modos de definir as formas (e atribuir as marcas Kainrú e Kamé), e na sustentabilidade (econômica, política, cultural, etc) do coletivo. 

“É importante aceitar um modelo de vida que não seja pautado pelo utilitarismo econômico e que procura valorizar as distintas formas de vida, sejam elas humanas ou não. Queremos salientar que o respeito aos demais não se dá pela transformação do outro em um ‘mesmo de si’, mas que o respeito aos demais está na permissão de existências que sejam distintas”. (Claudio Medaglia, do Portal da Copa em Porto Alegre (RS)

Rio de Janeiro

Do “mato”, o luxo de Lindalva

Lindalva dos Santos Moraes, 66 anos, já nem lembra quando começou a “brincar” de artesanato. “Ainda era criança lá na Bahia”, conta. Já adulta e com vários cursos no currículo, a moradora da bela Arraial do Cabo, na região dos lagos do Rio de Janeiro, chegou ao que considera o auge de seu trabalho: terá peças expostas e comercializadas em quatro cidades-sede da Copa do Mundo.

“Nossa, fico emocionada só de pensar”, diz Lindalva, que teve o seu Suplá de Taboa escolhido junto com outros cinco projetos do estado. Lindalva nunca havia participado de um edital do Governo Federal. Contou com a ajuda do Centro de Terapias Naturais Eco Bio Vida, o único projeto social contemplado pelo Vitrines Culturais no estado. Lá, participou de oficinas de artesanato que apuraram sua técnica.

Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação

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A artesã já trabalhou com muitos materiais, mas encontrou na taboa (planta hidrófila típica de brejos, manguezais, várzeas e outros espelhos d’água que mede cerca de 2 metros), há cerca de cinco anos, a matéria prima principal ideal. “A taboa é o mato que mais tem aqui em Arraial”, diverte-se. “Tem lugar em que essa planta é considerada praga.”

A produção de cada suplá (palavra que vem do francês sousplat e trata-se de uma base para colocar o prato na mesa) leva em torno de oito horas, bem mais do que a de produtos semelhantes feitos de outros materiais, como o plástico e a madeira. “Dá muito trabalho. É preciso selecionar a taboa, fazer uma trança e depois costurar, que é a parte que demora mais. Mas vale a pena. Fica muito bonito”, explica. E vai estar na Copa. As cidades de Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Salvador receberão 25 peças cada uma do artesanato de Lindalva.  (Giuliander Carpes, do Portal da Copa no Rio de Janeiro (RJ)

São Paulo

Na batida de Luiz Poeira

Na última vez que passaram por São Paulo, em novembro de 2013, músicos da banda americana Red Hot Chili Peppers incluíram uma parada incomum para o roteiro de rock stars que visitam a cidade em turnê. Era uma casa pequena, quase escondida em uma rua tranquila da Vila Sônia, bairro distante do centro, na Zona Oeste, de onde eles saíram carregados de instrumentos musicais.

É ali que Luiz do Nascimento Camargo, o Luiz Poeira, 40, cria, fabrica, restaura e reforma artesanalmente um sem número de instrumentos, especialmente os de percussão – tambores, na maioria. Poeira é um dos artesãos paulistas selecionados no Vitrines Culturais.

Ele produziu pandeiros e tamborins, que poderão ser comprados por R$ 200 e R$ 90, respectivamente, pelos visitantes. Os instrumentos são feitos de madeira e couro animal, um a um, no ateliê do artesão, com a ajuda de outras quatro pessoas que se dedicam exclusivamente ao trabalho.

“É gratificante participar e representar a cultura do país com um pouco do nosso trabalho”, diz Poeira. Ele conta que escolheu pandeiros e tamborins por dois motivos: são reconhecidos pelos turistas estrangeiro que virão ao Brasil, além de serem fáceis de levar, pelo tamanho. “São peças diferenciadas, com qualidade, com um som legal. São para um público em geral, mas a minha pesquisa foi focada nos que são usados na capoeira e no samba de roda”, explica. “Hoje em dia usam pele sintética, compensado, lata. Nós fabricamos como era antigamente”.

Foto: Divulgação

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Tambores

Os instrumentos expostos no Vitrines Culturais não são a especialidade de Poeira, ainda que não sejam novidade para ele. Praticante da capoeira, há 16 anos o artesão pesquisa tambores, principalmente os originários do oeste da África e os brasileiros com influência africana.

Foi a fama de seus tambores que levou o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer, do Red Hot Chili Peppers, ao ateliê na Vila Sônia. Acompanhados do percussionista brasileiro Mauro Refosco, que atua na banda de apoio dos californianos, deixaram São Paulo com alguns exemplares de Poeira na mala.

“O Chad disse que nunca tinha visto nada dessa qualidade, feito artesanalmente”, diz o artesão, que neste ano também foi visitado por membros do Soundgarden, que esteve em São Paulo como atração do festival Lollapalooza.

Da oficina de Poeira, saem cerca de 20 peças por mês, a um custo que pode chegar a R$ 1.600, dependendo do nível de personalização pedido pelo cliente. Alguns instrumentos levam até três meses para ficarem prontos. “Nós temos uma relação com o tambor que vai além da comercial. Para a gente é algo sagrado”, afirma.

Fonte: Leonardo Lourenço, do Portal da Copa em São Paulo (SP)

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