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Viriato Moura

Contos mínimos, o máximo!


Contos mínimos, o máximo! - Gente de Opinião

Imersões no Talvez, novo livro de Viriato Moura, proporciona ao leitor um mergulho no insólito, ofertado por meio de pequenas histórias, com desfechos surpreendentes, que conduzem à reflexão sobre o estranhamento, provocado por narrativas que escapam à congruência dos atos cotidianos.

Personagens marcados pela não nomeação, em minicontos sem título, impactam não só pela criatividade do enredo, denso e fulcral, como também pelas metáforas que transcendem o tempo da leitura. Assim, durante o ato de ler, imergimos no subterrâneo de propostas, num universo subjacente à exterioridade, à racionalidade e à previsibilidade, pleno de imagens que trazem à tona mistérios, até então, submersos no mar da aparente normalidade.

São contos econômicos em palavras, mas ricos em elementos surrealistas, como uma pintura de Salvador Dalí e um poema de Murilo Mendes, que abrem possibilidades além do que está na tela e no papel, impregnados da arte do sugestivo, para além do real, voltando-se para o imaginário, que desperta o lado onírico e permitido no plano do inconsciente.

Dessa forma, as epígrafes escolhidas por Viriato Moura, para iniciar a imersão nos contos mínimos, foram pinçadas com a precisão cirúrgica de quem sabe como selecionar o que não é acessório, o que é exato para traçar o caminho rumo à profundidade das pequenas peças literárias que apresento aos leitores, a quem convido para uma leitura da qual sairão com um gosto de quero mais.

 

*Poeta, contista e ensaísta, mestra em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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