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Viriato Moura

A ESCOLHA DA PROFISSÃO


A  ESCOLHA DA PROFISSÃO - Gente de Opinião

O  que você pretende ser quando crescer? Esta é uma pergunta que nos fazem quando ainda somos crianças. Naquela idade, nossas profissões escolhidas eram bombeiro, aviador, policial, jogador de futebol ou outras sugeridas por nossa imaginação lúdica. Era o tempo em que o sonho tinha conotação de realidade. Depois, mais crescidinhos, as respostas mudaram: médico, engenheiro, professor, advogado etc.

E você, ainda está em dúvida sobre a profissão que pretende escolher? Caso seja muito jovem, muitos de sua idade também estão. Portanto, não se aflija. Em função da sua pouca experiência de vida é perfeitamente aceitável que tenha muitas dúvidas. Uma delas é saber qual a profissão que pretende exercer. Se já for adulto e ainda não conseguiu se realizar profissionalmente, não desista de tentar.

Os pais, se pudessem, decidiriam tudo pelos filhos. De certo modo eles têm razão. Viveram mais, adquiram mais experiência, sabem mais da vida. Têm, portanto, obrigação moral de orientá-los sobre as escolhas que a existência impõe. Todavia, há um importante detalhe: nem sempre o que eles acham melhor é, verdadeiramente, o melhor caminho a ser seguido. Há muitos pais que querem realizar seus sonhos e compensar suas frustrações através da realização de seus filhos. Tentam fazer dos filhos o que não conseguiram ser. Mas cada pessoa é única e tem seus próprios objetivos a alcançar. A profissão é um deles. Há muito profissional frustrado, incompetente, arrependido e até que abandona precocemente a profissão por causa disso. Simplesmente obedeceram os pais, sem qualquer questionamento. Pais que impõem sua vontade nesse sentido podem estar cometendo um grande erro.

Obedecer aos genitores é um ato respeitoso salutar. Em qualquer organização social é preciso haver hierarquia para não virar bagunça. Entretanto, essa obediência não deve ser cega, não dispensa diálogo e até contestação. O bom senso deve pontificar na decisão final. Porque não há mais espaço para aqueles pais truculentos, ditatoriais. Aqueles cuja a palavra era lei e deveria ser cumprida por bem ou por mal. Essa atitude é um desserviço à educação. Mesmo porque a juventude de hoje é mais bem informada, sabe mais que a do passado. A relação interpessoal também mudou. Está mais liberal, mais consensual, pede convencimento.

Há, entretanto, um detalhe que precisa ser bem considerado por aqueles que querem fazer a melhor escolha da profissão. Na adolescência, fase em que deveríamos fazer essa escolha, vive-se mais no mundo da fantasia, do sonho; por isso subestima-se alguns aspectos básicos e pragmáticos dessa decisão. Um deles é o mercado de trabalho. Através da profissão ganhamos o nosso sustento, portanto é importante que saibamos quais as possibilidades que teremos de nos darmos bem nesse mister. As vezes, um pequeno esclarecimento nos fará mudar de idéia e buscar outro caminho profissional. Nossa qualidade de vida no futuro dependerá muito dessa decisão.

A melhor escolha profissional que podemos fazer deve passar por nossa vocação.”Cada um deve procurar a profissão que a sua vocação lhe pede e, depois, aplicar-se a ela tenazmente, se quiser triunfar”, escreveu Benjamin Franklin. Mas essa escolha deve, por prudência, ser submetida a opinião de pessoas mais experientes, de preferência daquelas que exercem a profissão que pretendemos seguir, e ainda por uma avaliação do mercado de trabalho, que deve ser projetada para a época em que a exerceremos. É fundamental, também, ter entusiasmo para praticar o ofício escolhido. "Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício", adverte Denis Diderot.

Todos esses critérios devem visar o exercício de uma atividade que nos dê satisfação e nos conduza ao êxito. Profissão não é brincadeira, é trabalho. É meio de sobrevivência. Por isto deve ser tratada com tal.

 
 

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Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - [email protected]
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