Segunda-feira, 26 de maio de 2014 - 06h27
Todo mundo que entende o mínimo de economia sabe que para crescer são precisos mais investimentos, ou seja, aumento das fábricas e dos gastos em bens de capital. O Brasil não cresce porque os empresários brasileiros (com a situação econômica incerta, carga tributária alta e um governo estatizante) estão investindo lá fora onde os custos são menores e os riscos também.
Assim a pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que um terço (33,5%) das empresas não pretende investir em 2014, o maior resultado em três anos. No ano passado eram 19,9% nesta condição. Mesmo as que vão investir terão um desembolso 4,7% menor neste ano, que deve somar R$ 175,1 bilhões, o terceiro ano seguido de queda. Em 2013, os investimentos industriais foram de R$ 183,7 bilhões.
A pesquisa consultou 1.200 empresas, de todos os portes, entre fevereiro e abril, e retrata a expectativa dos empresários da indústria nacional. A confirmação de tais dados é dada também pelo resultado do Índice de Confiança de Investimentos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que caiu 6,7% em abril e teve o maior recuo desde janeiro de 2009, no auge da crise global. Sem investimentos as perspectivas de crescimento de 2014 e 2015 são baixas. E o desânimo se explica pela maior retração, de 7,2%, aparecer nos investimentos em máquinas e equipamentos, que somam R$ 110,7 bilhões.
Mas, há recuos nos investimentos em gestão (-1,4%) e na pesquisa e desenvolvimento (-1,9%). O único setor no qual há aumento de investimentos é o de inovação (2,2%).
O que acontece é que os empresários estão fazendo investimento defensivo, ou seja, não expandem a capacidade de produção. Apenas investem para fabricar com custo menor para manter sua participação de mercado.
E o Brasil voltou ao passado: sem indústrias de qualidade, sem investimentos é mero exportador de “commodities”, ou seja, voltamos como nos anos 50 a ser agrário-exportador. Invés do café, agora, somos o país da soja.
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