Terça-feira, 12 de outubro de 2010 - 07h16

NUM PAÍS QUE DEVERIA SER LAICO, É
A RELIGIÃO QUE DECIDE QUASE TUDO
Tem, é claro, que jogar para a torcida. No Brasil, religião e política andam de mãos dadas. Os políticos, sempre astutos e querendo agradar ao eleitorado, fazem de tudo para falar a linguagem do povão. Não querem nem saber de suas convicções, de suas idéias trazidas de anos, do que defenderam em tempos passados. Na hora de pedir o voto, mudam tudo. Depois de eleitos, certamente voltarão a ser o que eram. Mas até lá...Os eventos religiosos, que mesmo contra a Constituição, que determina que somos um país laico, são tratados como questão de Estado. Evangélicos, que crescem com uma velocidade impressionante, como os católicos, que ainda são a maioria no Brasil, formam um público-alvo imenso, que decide eleição, que, juntos, determinam para que lado nossos políticos devem caminhar. Neste último final de semana, as homenagens a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, pelo país afora, mostraram outra vez e claramente que quem não falar a linguagem dos que misturam eleição, política e religião num saco só, está ferrado.
É por isso que José Serra tenta empurrar Dilma Rousseff para fora do colo de católicos e evangélicos, por causa das opiniões contraditórias dela na questão do aborto. Tratada com fanatismo pela maioria de quem segue os preceitos cristãos, quem defender o direito ao aborto está realmente com problemas. Essa mistura de política e religião, que hoje é a base dos governos fundamentalistas de vários países muçulmanos, começa a se formar também no Brasil e em outros países ditos democráticos. É por isso que a minoria de ateus tem até medo de abrir a boca. Nessa terra onde a religião supera quase tudo, discordar de teses professadas nas igrejas e templos é correr risco. Ainda mais se for político.FHC que o diga. Ateu convicto, para ser Presidente teve que se transformar quase em coroinha.
MELHOROU MUITO
Tanto Confúcio Moura como João Cahulla, vieram com programas para o horário eleitoral gratuito com muito mais qualidade, mais informação, mais propostas. No primeiro turno, a diferença de tempo de um para outro – Confúcio tinha mais, Cahulla menos – desequilibrava e a qualidade não era a mesma. Agora, está tudo igual e o eleitor é quem decide quem está melhor na TV e no rádio.
ESTRATÉGIAS
O governador que luta pela reeleição começou mostrando seus parceiros – nomes de peso da política estadual - e números de obras realizadas. Confúcio veio com agradecimentos e já mostrando programas implantados quanto prefeito em Ariquemes. No final de semana teve mais. Melhorou também o nível de informação ao eleitor.
NO COMANDO
O ainda deputado federal e candidato derrotado ao governo, Eduardo Valverde, assumiu a coordenação, no Estado, da campanha do segundo turno de Dilma Rousseff. Ela foi derrotada no primeiro turno por José Serra, exatamente num dos estados do Brasil – Rondônia – onde o governo Lula mais investiu nos últimos anos.
VAI FAZER DE TUDO
Aliás, Dilma não vem, mas Lula vem aí. Na semana que vem, o Presidente inaugura a duplicação da ponte de Ji-Paraná e o primeiro trecho asfaltado da BR 429. Passará o dia no Estado também fazendo campanha para sua preferida. O PT vai fazer de tudo para reverter a derrota de Dilma para o tucano, na fase inicial da disputa pela Presidência.
NO VIA SAT
No último sábado, durante uma hora e meia, o candidato Confúcio Moura foi entrevistado pelos jornalistas Sérgio Mello e Léo Ladeia, ao vivo e via satélite para todo o Estado, no programa VIA SAT da TV Candelária/Rede Record. Sábado que vem, será a vez de João Cahulla ocupar o mesmo espaço.
IGUAL PARA TODOS
Aliás, não só Confúcio e Cahulla, mas todos os demais candidatos ao Governo e Senado, que tiveram grandes espaços nas emissoras da TV Candelária, fizeram questão de agradecer a grande cobertura da emissora e o espaço igual para todos. Durante o primeiro turno, a emissora dedicou mais de 140 horas para a cobertura eleitoral.
QUASE ANÔNIMOS
A inveja dos incompetentes tenta aproveitar luzes passageiras para parasitar, qual sanguessugas, de um pouco da fama alheia, conquistada com muito esforço e trabalho. Sem público, sem audiência, sem respeito, a única forma de tentar sair do quase anonimato é atacar quem tem competência. É por isso que essa gente – há os que agem até em dupla – não sai do lugar.
OUTRA CORRIDA
Ao mesmo tempo em que a campanha pelo segundo turno para o Governo se acirra, a corrida pela futura Presidência e Mesa Diretora da Assembléia também se amplia nos bastidores. Embora dependa muito do resultado final da eleição governamental, os candidatos a comandar o parlamento se mobilizam também.
PRIMEIROS NOMES
Nesta disputa que também é considerada de grande importância no contexto da política estadual, hoje, há três nomes entre os mais citados para concorrer ao comando da Assembléia: Neodi Carlos, Jesualdo Pires e Valter Araújo. Podem surgir outros, no decorrer do jogo.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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