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Sergio Pires

Primeira Mão - 04/03/11


Primeira Mão - 04/03/11  - Gente de Opinião

NA HORA DA FESTA, O MEDO É QUE

SE REPITA A VIOLÊNCIA DE SEMPRE

O carnaval já começou mas, oficialmente, é a partir de hoje. O Brasil pára durante vários dias, para uma festa que, com algumas exceções país afora, onde a espontaneidade ainda impera, está profissionalizado. O carnaval do Rio transformou-se num espetáculo de televisão, embora algumas bandas e blocos de sujos teimem em sair às ruas. Em Porto Velho, sobrevive ainda, com grande força, a popular Banda do Vai Quem Quer. No restante, são vários blocos, com fantasias compradas a preço alto, seletivos, com carros de som ao invés de músicos e muita gastança. Aqui e país afora, o carnaval também é símbolo do que de pior temos. Muita violência, assassinatos, mortes violentas no trânsito, bêbados andando em seus carros para lá e para cá sem serem molestados, mas podendo acabar com centenas de vidas até que os tambores cessem. No balanço da festa, há muitos anos, os números são assustadores. No ano passado, por exemplo, só nas estradas federais morreram 143 pessoas. Para este ano, a previsão é ainda pior.

O que se pode fazer? Apenas alertar, bater na mesma tecla, pedir cuidado, lembrar que carnaval é festa e não antesala da violência e da morte. Pode-se pedir que se use menos álcool e drogas e que se gaste energia só dançando. Às autoridades, pede-se que façam cumprir a lei, que sejam presos os que dirigem embriagados, que se acabe com a impunidade e se coloque na cadeia quem não respeita a vida alheia. Mais que isso, apenas podemos torcer para que, ao final do carnaval deste ano, menos famílias tenham que lamentar a perda de entes queridos. Mais que isso, nada se pode fazer.

  

PASSO IMPORTANTE

Comandada pelo competente professor Mário Jorge, a comissão nomeada pelo governador Confúcio Moura para tratar da transposição dos servidores já foi instalada, no Estado. É um passo importante para que a passagem dos servidores que têm direito, entrem logo na folha de pagamento da União.

 

COFRE GORDO

Agora, dependendo muito de boa vontade do governo federal e do enfrentamento da burocracia, além de esclarecimentos sobre pontos ainda obscuros no projeto, para que a transposição passe a ser realidade. Perto de 22 mil servidores do Estado podem ser beneficiados. E os cofres do governo vão engordar com uma grana que pode variar de 35 milhões a 50 milhões de reais/mês.

 

BLITZ NACIONAL

Foi uma blitz! Quase todos os deputados estaduais estiveram em Brasília, nessa semana, para apoiar a votação do novo Código Florestal. Comandados por Valter Araújo, os parlamentares da ALE mostraram que Rondônia não aceita mudanças no projeto relatado por Aldo Rabelo. Outros parlamentos da região também poderiam copiar a iniciativa de Rondônia.

 

TERRA LEGALIZADA

Há uma briga feia nos bastidores, por causa do tal Código. Rabelo o fez tratando os interesses nacionais e com a visão de regulamentar a questão das terras, principalmente na Amazônia, onde um mínimo de ocupantes de áreas têm título de posse. As ONGs internacionais e setores a ela aliados, no Brasil, não querem que isso seja feito.

 

FIM DOS CONFLITOS

Por trás de tudo, é claro, não estão os interesses maiores do Brasil. Com a regulamentação das terras, com o fim dos conflitos que se arrastam há décadas, as ONGs perderiam um importante argumento, inclusive para angariar dinheiro no exterior e intervir nas questões nacionais. Mas, ao que tudo indica, dessa vez – e é raro – elas perderão.

 

INESQUECÍVEL

Neste sábado, sai a Banda do Vai Quem Quer, com seus mais de 100 mil seguidores. Faltará um. Manelão foi sepultado nesta última terça-feira, acompanhado por uma multidão. Muitos dos que foram se despedir dele, estarão na Banda, prestando mais uma homenagem a um personagem inesquecível da nossa terra, que foi embora muito cedo.

 

O POVO QUIS

Há quem esteja criticando duramente o fato do deputado Tiririca – semianalfabeto – fazer parte da comissão de educação e cultura da Câmara Federal. Não há motivos. Se ele foi eleito e ainda com mais de 1 milhão e 200 mil votos, pode ser tudo. O povo é que quis. O povo é que aguente.

 

AGUACEIRO

A chuva não pára e os riscos de enchentes em várias cidades do Estado já são iminentes. Em Ji-Paraná, a situação preocupa há quase uma semana e as famílias ribeirinhas já estão se preparando para cair fora. Em Porto Velho também. E a previsão é de quemarço também seja mês chuvoso. A Defesa Civil que se prepare!

 

TROCA DE CADEIRAS

O tempo passa e não se vislumbra, pelo menos a curto prazo, uma solução sobre a questão da Lei Ficha Limpa. O Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo não se decidem. Quando o fizerem, independente do resultado se a Lei valeu ou não em 2010, haverá muita troca de cadeiras nas Assembléias Legislativas país afora. E no Congresso Nacional também.

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Fonte: Sergio Pires - [email protected]
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