Uma verdadeira guerra relâmpago foi deflagrada pela direção da Petrobrás para fazer frente à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal. A estratégia adotada pelo comando da empresa faz lembrar os preceitos da doutrina de combate alemã utilizada durante a II Grande Guerra.
As investidas da diretoria da estatal em contraponto à CPI têm propósitos claros de intimidação e incorporam o conjunto de idéias trabalhadas pelo general alemão Heinz Guderian em parceria com jovens oficiais sob o seu comando.
A virulência e velocidade dos ataques desferidos mostram que os protagonistas maiores da Petrobrás saíram das trincheiras e resolveram blindar os bastidores da atual administração a qualquer custo.
Em meio ao turbilhão de denúncias trazidas pelos mais importantes veículos da mídia impressa, a direção da estatal iniciou ofensiva com intuito de constranger jornais e revistas que cumprem com zelo democrático o dever de informar com isenção as evidências de desmandos administrativos perpetrados pelo quadro dirigente da Petrobrás.
Posição da ANJ
A nota da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) é um libelo contra a tentativa dos dirigentes da empresa de minar um dos pilares essenciais da democracia: a liberdade de imprensa.
- O flagrante objetivo de intimidar os meios de comunicação viola princípios de nossa Carta Magna e impõe mordaça aos profissionais de imprensa diante dos indícios de irregularidades que brotam a cada dia.
Conforme denúncias do senador paranaense Álvaro Dias, em meio às transações da atual administração se acumulam contratos superfaturados, repasses suspeitos para ONGs e desvios de recursos em várias modalidades e matizes de ilicitude.
- “O quadro dirigente se mobiliza para manter distante do raio da visão da sociedade brasileira a sua desregrada conduta gerencial, promovendo um espetáculo de sombras e transparência zero. Tudo é feito e celebrado na coxia da empresa, palco de muitas suspeitas e negócios escusos”, acusa o senador tucano.
Regimento blindado
No receituário devastador da “blitzkrieg” sob o comando de José Sergio Gabrielli, a partir do novo bunker instalado nas dependências da representação da Petrobrás na capital federal, cada passo da ofensiva é estrategicamente planejado.
Foi montada poderosa rede de profissionais de comunicação, um ‘regimento blindado’ de mais 1000 jornalistas, até então inativo, agora enviado em missões pontuais para constranger e intimidar a imprensa nacional. O exército midiático da empresa é superior ao contingente que atua nas editoriais dos principais jornais do Brasil.
Cá com meus botões
Essa é a administração da Petrobrás: a serviço do aparelhamento do Estado e dos interesses políticos da hora.
- Seu compromisso é abrigar os apadrinhados e patrocinar núcleos de interesse dos detentores de poder.
Fonte: Antonio Roque Ferreira
Quinta-feira, 25 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)