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Renato Gomez

Religião



Religião está entre aqueles assuntos que determinamos que “não se discute”. Não discutimos para não ressaltar polêmicas, para não gerar desentendimentos, porém, pode ser facilmente discutida com um pouco de coerência e sem nenhum pingo de alienação.

Todo povo, desde a antiguidade, possui sua crença em relação à criação do universo, seja ela politeísta ou monoteísta, de forma que essa crença é responsável por boa parte da modelação cultural, ética, moral e social de cada povo. Desta forma, cada povo estabelece uma relação de interdependência entre a religião e sua própria identidade. Assim, todas as religiões foram criadas pelos homens devidamente adaptadas às necessidades de seus fiéis e fundamentadas para que estes solidifiquem suas crenças.

Na sociedade atual temos várias religiões, atendendo e sendo solidificadas por vários grupos diferentes dentro da mesma sociedade. Cada indivíduo exerce seu livre arbítrio para escolher a religião que melhor atende suas necessidades. Então o que há de errado com as religiões que torne o assunto indiscutível?

A resposta pra essa pergunta é simples: a indefinição do limite entre fé e alienação. Quando as pessoas deixam de ter fé, pra acreditar cegamente nas pessoas que representam sua religião, elas passam a deixar que a religião domine suas vidas indiscriminadamente. Todo indivíduo necessita de algo para acreditar, de um norte em sua vida. O problema é quando o indivíduo acredita que a sua verdade é a verdade absoluta. Isso gera pessoas que se desfazem de todos os seus bens materiais em nome da igreja, religiões que enriquecem à custa da fé das pessoas, pessoas e religiões que justificam atitudes discriminatórias através de sua crença, pessoas que acreditam que Deus dá ou tira bens materiais, e entre várias outras situações, o charlatanismo de um modo geral.

Deus tem coisas mais importantes pra se preocupar do que os bens materiais de cada um, ou do que admirar a estética e grandiosidade arquitetônica de templos e igrejas. Lideres religiosos também tem coisas mais importantes a fazer do que se preocupar com discussões através da religião, ou com o enriquecimento material usurpado através do empobrecimento espiritual das pessoas. A representatividade de um líder religioso é formadora de opinião, é deve ser utilizada com responsabilidade para não fundamentar atos de discriminação. Ao invés de discutir através da religião, que tal discutir religião?

Religião se discute sim, provamos com os cultos e atividades ecumênicas, que podemos achar um objetivo em comum entre as religiões, seja de cunho espiritual, seja de cunho social. O importante é respeitar a crença de cada um, definindo bem os limites entre fé e alienação.


 

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Fonte: Renato Gomez - [email protected] / Twitter: @Renato_Gomez
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